DISCERNINDO ALGUNS PONTOS DE TENSÃO DO RELACIONAMENTO
Por Pr.Josué Gonçalves.
Você
já teve a experiência de “ficar na mão” quando mais precisou do seu
carro? De repente, o seu automóvel parou de funcionar. Todo carro, mesmo
aquele que acabou de sair da loja, novo, com o passar do tempo precisa
de revisão. Muitas coisas podem fazer um carro parar de funcionar, desde
um simples fio quebrado até o motor travado. Assim é o casamento, de
tempos em tempos precisa de revisão, reparos etc. Vamos analisar alguns
pontos que podem comprometer o bom andamento da relação de um casal.
1. Individualidade e mutualidade.
Individualidade – respeito consigo mesmo.
Mutualidade – respeito com os outros.
O
equilíbrio entre individualidade e mutualidade é um desafio permanente
na vida de um casal (liberdade e compromisso). Isto porque é difícil
construir uma relação em que os aspectos saudáveis de cada um se
completam, onde um e outro possam ser o que são, coexistindo duas
individualidades numa parceria. Carl A. Whitakar diz que “quanto mais
você é livre para ficar com os outros, especialmente com a sua mulher,
mais você se sente livre consigo mesmo”. Qual é o grau de liberdade e
independência necessário para que a relação continue viva e abrigue
possibilidades de desenvolvimento pessoal?
a) Deus criou o homem carente de relacionamento, com ânsia de se juntar e não passar a vida sozinho (Gn 2.18).
b)
Casamento não é uma chamada para o encarceramento, prisão ou
escravidão, no sentido de perda total de liberdade e de individualidade.
A unidade do casal não pode ser doentia. No amor não há sentimento de
possessividade.
c) Se uma pessoa é dominadora (possessiva) e
tolhe a liberdade do parceiro, o companheirismo deixa de existir. À
medida que o amor cresce, também crescem a liberdade, a responsabilidade
e o próprio amor.
d) O equilíbrio entre a proximidade e a liberdade de cada indivíduo é uma das características mais importantes da completude.
e)
Casamento problemático é aquele em que uma das partes enxerga as
horas de separação, a individualidade e o espaço como ameaças. Para essa
pessoa, a individualidade significa falta de amor e descaso. Ela só se
sente amada quando está ao lado do outro.
f) Deve-se estar
atento para o perigo de se usar a liberdade de modo destrutivo. Adão e
Eva usaram a liberdade para pecar contra Deus. Paula fala sobre isso (Gl
5.13,14).
g) Não podemos usar nossa liberdade para satisfazer nosso egocentrismo.
h) Cada casal deve encontrar um grau de individualidade com sabedoria para que nenhum dos dois sofra.
i)
A Bíblia diz: “Ame o próximo como você ama a si mesmo” (Mc.
12.33). Ao exercer a sua individualidade, não deixe de ver como a sua
liberdade está afetando a pessoa que você ama. Você gostaria de ser
tratado com desrespeito?
2. O que estou recebendo é suficiente em relação ao que eu preciso?
Como
seres humanos, somos incrivelmente complexos, com uma infinidade de
carências físicas, emocionais e espirituais que precisam ser
satisfeitas. Preciso de uma hora de atenção personalizada por dia, mas
estou recebendo uma hora de atenção superficial por semana ou mês
(esposa). Preciso de três encontros sexuais por semana, e estou
recebendo apenas um a cada 40 dias (maridos). Quando o cônjuge está
recebendo muito abaixo do que realmente precisa, o “relacionamento vai
ficando anêmico – desnutrido”.
Para uma auto-avaliação, veja alguns sintomas que evidenciam esta defasagem no relacionamento conjugal:
a) O marido pede à esposa que gaste menos, e ela o culpa por ganhar pouco;
b) A esposa quer dividir os serviços da casa com o marido, e ele não aceita;
c) O marido não quer ir a uma festa, e a esposa esfria com ele para puni-lo;
d) A esposa não quer fazer sexo, e o marido age como mártir;
e) O marido discorda dos planos da esposa para o fim de semana, e ela explode com ele;
f) A esposa pede a ajuda do marido com os filhos, e ele se recusa a ajudar.
3. O que estou dando é proporcional ao que estou recebendo? (“Efeito Mar Morto”)
A
razão pela qual não há vida no “Mar Morto” é em função do seu
“egoísmo”. Só tem entrada e não há saída. Não é diferente numa relação
de casal, quando o cônjuge recebe – recebe, e não retribui. Muitas
mulheres, para agradar o marido, dos quais dependem emocional e, muitas
vezes, economicamente, esforçam-se para dar mais do que receber. Quando
isso acontece, o casamento vai se empobrecendo e perdendo a beleza da
glória conjugal. Sendo assim, o sexo passa a ser para elas uma obrigação
em nome do dever, para o bem do matrimônio e visando a maternidade, às
custas dos próprios desejos sexuais. Neste caso, as mulheres se vêem
forçadas a terem que responder às necessidades sexuais dos maridos,
enquanto suas próprias necessidades de envolvimento e intimidade não são
respeitadas. Esta é uma das causas porque muitas reagem procurando
evitar as relações sexuais. Alguns homens, por não conseguirem discernir
este modelo de linguagem da mulher, interpretam essa reação como
rejeição à sua virilidade, e a represália mais comum é acusar a mulher
de frigidez.
4. A maneira como se lida com o dinheiro (ter x poder)
A
questão do dinheiro pode ser a causa de todo conflito. É interessante
observar a interação entre dinheiro e poder no funcionamento de casal, e
as repercussões que as modificações dos ganhos de um e de outro passam a
ter sobre a composição do vínculo. Aqui temos aqueles que, ao verem a
mulher trabalhando, se acomodam e param de crescer, outros que, ao
obterem um pouco mais e trocar de carro, se tornam insuportáveis,
começam a reclamar de tudo, começam a paquerar as mulheres na rua e
pensam que tem o “rei na barriga”. Quando essa posição se inverte, o
homem fica com menos poder.
5. A falta de espaço para as diferenças
Cuidar
e ser cuidado, respeitando as diferenças recíprocas. Eis o desafio.
Ninguém é uma extensão do outro. Ao contrário, somos indivíduos
distintos, cada qual com seus próprios direitos. Quando deixamos de ver
as pessoas como realmente são, o amor acaba. Não podemos querer
transformar o cônjuge em escravo de nossas vontades e não vê-lo como
realmente é. Precisamos superar o egocentrismo básico com o qual
nascemos e perder a mania de achar que “o mundo gira em torno de nós”. É
possível resolver os conflitos de opiniões ou de interesses diferentes.
O que é necessário para que isso aconteça?
Para os maridos: Você sabia que...
Ø O bem-estar das mulheres é determinado primariamente pela qualidade de seus relacionamentos?
Ø Elas têm uma capacidade maior de detectar sentimentos e insinuações não-verbais e de perceber detalhes nas pessoas?
Ø Elas têm uma necessidade especial de expressar sentimentos e experimentar amor?
Ø
Elas se utilizam da linguagem especialmente para desenvolver
relacionamentos? Por isso, é mais provável que procurem segurança em
relacionamentos do que em realizações.
Ø O lar para elas é o local onde deve existir comunicação significativa?
Ø
Elas desenvolvem modelos de comunicação indiretos: explosões de
raiva, choro, dissimulação ou, quando tudo isso não serve para nada,
desenvolvem sintomas. Isso confunde e afasta os homens, que não entendem
o que elas querem e esperam deles.
Estas características reforçam a
capacidade que as mulheres têm de compreender, nutrir e apoiar. Ela
precisa ser amada e reconhecida pelo que ela é, e não por alguma tarefa
que realiza. O maior medo das mulheres é ser desejada apenas como
objeto, enquanto for útil. Quando a necessidade da mulher de ser amada
não é satisfeita, ela sente uma perda da intimidade. Para suprir esta
falta, ela tenta estabelecer vínculo por meio de perguntas, pedidos,
apelos, exigências ou acusações. A reação do homem é de se afastar, e
isso aumenta o conflito.
Para as esposas. Você sabia que...
Ø
O bem-estar deles é determinado primariamente pelo sucesso que
experimentam no trabalho, e que isso tem a ver com a realização de
objetivos econômicos e sociais?
Ø Eles têm uma capacidade maior
de analisar e chegar ao fim de uma questão, sem se deixar envolver por
problemas pessoais e emocionais?
Ø Eles têm uma necessidade particular de ser respeitados e considerados competentes?
Ø Eles usam a linguagem, primariamente, para expressar idéias e conceitos e para manter posições de destaque?
Ø Eles procuram segurança e realizações, mais do que em relacionamentos?
Ø O lar para eles é o lugar onde podem se desligar e descansar sem se preocuparem com a sua produtividade?
Estas
características aumentam a capacidade dos homens agirem, aceitarem
desafios e vencerem. Se um homem se deixar envolver por detalhes ou
emoções, será um fraco general na guerra e um administrador sem
eficiência. O maior medo dos homens é serem considerados incompetentes,
diminuídos, rejeitados e dominados.
Quando há espaço para as diferenças...
Ø
O cônjuge enxerga o outro como uma pessoa, e não como uma
propriedade sua. Isso é compreender que o outro não existe apenas para
nos satisfazer.
Ø Respeita-se os sentimentos do outro. Deixamos
de lado os nossos sentimentos e aprendemos a nos colocar no lugar do
outro.
Ø Damos ao outro a liberdade de ser diferente.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
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