segunda-feira, 31 de agosto de 2009

LEITURA DA BÍBLIA

 Prática da leitura da Palavra de Deus é a arte de procurar o Senhor nas páginas das Sagradas Escrituras até achar. É a arte de enxergar toda a riqueza que está por trás da mera letra, de ouvir a voz de Deus, de relacionar texto com texto e de sugar todo o leite contido na Palavra revelada e escrita, tanto nas passagens mais claras como nas passagens
aparentemente menos atraentes, mediante uma
leitura responsável e o auxílio do Espírito Santo.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Isso quer dizer muita coisa. Significa que ela encerra a auto-revelação de Deus e expressa toda a sua vontade em matéria de fé e conduta. Significa ainda que você não se encontra desesperadamente em estado de absoluta desinformação quanto a Deus, quanto à vida e quanto à eternidade. Você tem em sua própria língua um livro que revela todo o programa de Deus, uma espécie de enciclopédia que fornece toda sorte de informação teológica necessária, um manual de avaliação que mostra a diferença entre o certo e o errado.

Além de inspirada por Deus, toda Escritura é extrema¬mente útil (2 Tm 3.16). Ela fornece alimento para o espírito: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4.4, citando Dt 8.3). Ela gera conhecimento, fé, convicção e esperança. Ela promove co¬munhão com Deus e comunhão com os homens. Ela produz conforto em meio a lágrimas e angústias. Ela repreende e corrige, "a fim de que o homem de Deus seja perfeito e per-feitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3.17). Ela serve de ponto de apoio em situações adversas: "Sobre a tua palavra lançarei as redes" (Lc 5-5). Ela exerce influência po¬derosa nas tomadas de decisão. Ela cria uma mentalidade religiosa. Ela se acomoda nos porões do subconsciente e for¬ma uma bagagem de valor inestimável, que aflora natural¬mente nos momentos mais necessários.

INGESTÃO

Contudo, para que esse enorme volume de riqueza se tor¬ne seu, é necessário "comer" a Palavra de Deus, à semelhan¬ça de Ezequiel, que encheu as suas entranhas do rolo de um livro (Ez 2.8-3-3). Basta comer. O resto é com Deus. A ingestão da Sagrada Escritura depende de você. Trata-se de um exer¬cício voluntário, consciente e pessoal. Faz-se isso por meio da leitura cuidadosa e regular da Palavra. A leitura formal, superficial, ocasional, desordenada ou supersticiosa rende muito pouco ou nada. Bem como a leitura feita para satisfa¬zer apenas o intelecto. O Senhor diz: "Abre bem a tua boca e ta encherei" (Si 81.10). Você precisa aprender a arte de "abrir a boca" para meter a Palavra de Deus dentro do espírito.

DIGESTÃO

Diferente da ingestão, a digestão é a assimilação da Sa¬grada Escritura em seu interior. O processo é inconsciente, automático e irreversível. Uma vez ingerida, a Palavra que sai da boca de Deus é como a chuva e a neve que descem dos céus "e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra e a fecundem e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come". A Palavra de Deus não volta para Ele vazia, mas fará o que lhe apraz, e prosperará naquilo para que Ele a designou (Is 55.10, 11). Você não pode perder a noção e a certeza de que "a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e pe¬netra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medu¬las, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb4.12). Em outras palavras, uma vez corretamente lida, a Escritura Sagrada provoca uma revolução dentro de você, desce aos lugares mais profundos, mexe em tudo. Es¬sas coisas acontecem por causa do valor intrínseco da Pala¬vra e por causa da operação do Espírito Santo.

METODOLOGIA
Para ser altamente proveitosa, a prática da leitura da Pa¬lavra de Deus depende da qualidade do empreendimento, que se consegue depois das seguintes providências:
1. Ler. Percorra com a vista o que está escrito, proferindo ou não as palavras. Tome conhecimento do texto: "Buscai no livro do Senhor, e lede" (Is 34.16). O rei de Israel deveria escrever um tratado da lei do Senhor para ler todos os dias da sua vida (Dt 17.18-20).

2. Meditar. Meditar é mais do que ler. Examine o texto lido. Reflita sobre ele. Gaste algum tempo para ficar por den¬tro da mensagem que o texto encerra. Veja a disposição do salmista: "Os meus olhos antecipam as vigílias noturnas, para que eu medite nas tuas palavras" (Si 119-148). Só neste Salmo, o verbo meditar aparece seis vezes. Aquele que me¬dita na lei do Senhor de dia e de noite "é como árvore plan¬tada junto a corrente de águas" (Si l .3).

3. Memorizar. Meta na cabeça o que você leu e meditou. Entregue-o à memória, retenha-o, não o deixe escapar. Decore, se não as palavras, pelo menos a mensagem do texto lido. Guarde-a na despensa interior. Veja o propósito do salmista: "Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até ao fim" (Si 119.112). Para precaver-se do peca¬do, o jovem deve conservar dentro de si os mandamentos de Deus e escrevê-los na tábua de seu coração (Pv 7.1-3).

4. Inculcar. Enfie bem para dentro a Palavra de Deus. Coloque-a nas entranhas, "no mais íntimo do teu coração" (Pv 4.21). Torne-a propriedade pessoal. Provoque uma im¬pregnação da Sagrada Escritura em todo o seu ser. Era isto que Israel tinha de fazer com as crianças: "Estas palavras que hoje te ordeno [...] tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te" (Dt 6.6-9).

5. Conferir. Compare texto com texto. Não só para des¬cobrir o sentido exato da passagem lida, mas também para enriquecer o seu conhecimento de toda a Escritura, consul¬tando outras passagens paralelas. Por exemplo, digamos que você esteja lendo a Epístola de Paulo a Tito e encontre a frase: "Estas coisas são excelentes e proveitosas" (Tt 3.8). A partir daí você pode descobrir várias coisas excelentes ao correr da Bíblia: o mais excelente nome (Hb 1.4), o mais ex¬celente sacrifício (Hb 11.4), o mais excelente óleo (Am 6.6), o mais excelente caminho (l Co 12.31), a excelência do epis¬copado (l Tm 3.1), o espírito excelente de Daniel (Dn 5.12) e a menção a Rúben, "o mais excelente em altivez, e o mais excelente em poder", contudo "impetuoso como a água" (Gn 49.3-4). Ora, esse esforço é altamente compensador. Es¬clarece, edifica, enriquece e lhe dá uma visão global das Escrituras.

6. Lembrar. Aprenda a fazer uso prático do que foi guardado na memória e nas entranhas. Retire do computador o que já foi digitado, retire do banco o que já foi depositado, retire da despensa o que já foi armazenado, e sirva-se à vonta¬de. Você nunca vai ficar na mão, sem assistência, sem trata¬mento, sem pão. É só lembrar e aplicar. É nesse sentido que Jesus disse: "Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lc 17.32). Fez muito bem a Pedro lembrar-se de que Jesus lhe dissera: "Hoje três vezes me negarás, antes de cantar o galo" (Lc 22.61).


SUGESTÕES

Por causa do temperamento, do estilo pessoal de ler e de estudar e da disponibilidade de tempo, cada um deve desco¬brir e adotar a maneira própria mais indicada de ler a Bíblia. Os métodos alheios servem apenas de exemplos. Todavia, considere mais estas sugestões:

1. Reserve a hora mais propícia do dia para ler a Bíblia. Isso varia muito de pessoa para pessoa. Seja exigente nesse sentido e evite a hora menos propícia.
2. A preocupação maior deve ser com a qualidade da lei¬tura, e não com a quantidade. Você não precisa ler a Bíblia durante o ano, mas precisa ler a Bíblia com proveito o ano inteiro.

3. Procure ler toda a Bíblia — não necessariamente de Gênesis a Apocalipse. Leia grupos de livros: os livros poéti¬cos, as Cartas de Paulo, os profetas menores, o Pentateuco, os quatro Evangelhos, os livros históricos e assim por dian¬te. Para seu controle pessoal, marque a data do início e do final da leitura de cada livro.

4. Sublinhe o que você achar mais interessante. Faça pe¬quenas notas às margens ou em um bloco à parte. Por uma questão de ordem, é bom numerá-las. Uma numeração para cada livro lido. O esforço de escrever as notas torna a leitura e a meditação mais sérias e ajuda a memorizar as lições aprendidas.
5. Use a Concordância Bíblica da Sociedade Bíblica do Brasil, baseada na Edição Revista e Atualizada no Brasil da Tradução de João Ferreira de Almeida, para conferir escritura com escritura.

6. Havendo tempo, quando necessário, consulte outras versões em português (ou outras línguas) e a paráfrase A Bíblia Viva, para entender melhor o texto e fugir da rotina de uma mesma tradução a vida inteira. Além da tradução de Almeida, a mais usada, você pode recorrer às antigas tradu¬ções de Figueiredo e Versão Brasileira e à mais recente, A Bíblia na Linguagem de Hoje.

7. Só consulte as notas de rodapé, comentários e dicioná¬rios bíblicos depois do esforço próprio de entender o texto. Evite a preguiça mental.

8. Peça sempre o auxílio do Espírito Santo para entender as Escrituras e se beneficiar delas, seja por meio de uma pequena oração ou por meio de uma atitude de dependên¬cia e humildade. É o Espírito quem levanta o véu e deixa você ver a riqueza toda que está por trás da mera letra.

PRÁTICA DA INTROSPECÇÃO

A prática da introspecção é a arte de investigar-se
acuradamente a si mesmo com o propósito de localizar

os erros e os acertos, as boas qualidades e as más

qualidades, a virtude e o pecado, o sucesso e o

fracasso, sempre sob a perspectiva cristã. Embora a

Bíblia ensine e reforce o valor da auto-sondagem, não

se pode dispensar a sondagem realizada pelo próprio Deus, em resposta à oração. Depois do Pai Nosso, talvez a oração mais repetida pêlos cristãos seja a famosa oração do rei Davi: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (Sl 139.23, 24). É bom notar que no início do salmo, Davi reconhece a plenitude da onisciência de Deus e por essa razão faz as seguintes asseverações: "Tu me sondas e me conheces"; "Sabes quando me assento e quando me levanto"; "De longe penetras os meus pensamentos"; "Ainda a palavra me não chegou à língua, e Tu, Senhor, já a conheces toda"; "Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim" (Sl 139.1-6). É muito provável que esse pedido de sondagem esteja intimamente relacionado com a tremenda dificuldade do salmista em admitir plenamente o grave pecado que ele cometeu contra Urias, contra a família, contra o povo e contra Deus por ocasião de seu adultério com Bate-Seba (2 Sm 12.1-15). A prática da introspecção é em extremo necessária por causa da dificuldade nata que todos temos de admitir e nomear as próprias faltas: "Quem há que possa discerniras próprias faltas?" (Sl 19.12.)


OS VERBOS DA INTROSPECÇÃO



Há pelo menos quatro verbos nas Sagradas Escrituras que expressam a ação da investigação do conteúdo humano, de seu comportamento, de suas tendências, de seus desejos e de seus segredos. Embora não sejam sinônimos perfeitos, todos eles levam à introspecção.


O primeiro é examinar e denota a ação de considerar, investigar, observar, analisar atenta e minuciosamente. É usado nas instruções para a celebração da Ceia do Senhor: "Examine-se, pois o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice" (l Co 11,28). O mesmo verbo aparece nesta exortação: "Concentra-te e examina-te, ó nação, que não tens pudor [...] Antes que venha sobre ti o furor da ira do Senhor" (Sf 2.1).


O segundo é esquadrinhar denota a ação de investigar a área toda miudamente, pedaço por pedaço, quadrinho por quadrinho. No salmo 10, lê-se que Deus esquadrinha a mal¬dade do perverso até nada mais achar (v. 15). O autor do fa¬moso salmo 139 diz: "Esquadrinhas o meu andar (o homem na posição vertical, na parte clara do dia) e o meu deitar (o homem na posição horizontal, na parte escura do dia), e co¬nhece todos os meus caminhos" (v. 3).


O terceiro é sondar e denota a ação de examinar profundamente todo o interior, como se fosse com o auxílio de uma sonda, aparelho com o qual é possível conhecer o fundo do mar, o subsolo, a atmosfera (sonda meteorológica), o espaço (sonda espacial), a lua (sonda lunar) e o organismo (sonda uretral, sonda vesical etc.). Daí a súplica do salmista: "Sonda-me [enfia uma sonda dentro de mim], ó Deus, e co¬nhece o meu coração" (Si 139.23.) Salomão ensina que a son¬dagem de Deus é mais válida que a autocrítica: "Todo cami¬nho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Se¬nhor sonda os corações" (Pv 21.2).


O quarto verbo é provar e denota a ação de submeter a pessoa a um teste para ver como ela pensa, sente e reage. Assim como o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, o Se¬nhor prova os corações (Pv 17.3). O que aconteceu com Abraão no monte Moriá foi uma prova gigantesca, da qual o patriar¬ca saiu vencedor e tremendamente fortalecido: "Pela fé Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque" (Hb 11.17).

 
ÁREAS DE SONDAGEM


Para você se conhecer a si mesmo, a sondagem tem de ser ampla e profunda. Nenhuma área de sua vida deve ser pou¬pada desse exame meticuloso, porque numa delas pode es¬tar alojado o foco da infecção moral de que você é possuidor. Faça um exame completo, sem medo, sem reservas. Sem diagnóstico não há tratamento e sem tratamento não há cura.


1. É preciso sondar a nascente de tudo


Na linguagem do profeta Jeremias, Deus é capaz de pro¬var "o mais íntimo do coração" (Jr 11.20), É dele que "proce¬dem as fontes da vida" (Pv 4.23). Daí a conhecida oração: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração" (Sl 139.23).


2. É preciso sondar as razões pessoais


Por que penso assim? Por que falo assim? Por que me com¬porto assim? Por que ajo assim? Nem sempre a motivação é pura. Nem sempre conhecemos a verdadeira motivação. Por exemplo, os que pregam o evangelho nem sempre o fazem por amor a Cristo ou por causa da condenação eterna dos que se perdem, mas "por inveja e porfia", como registra o apóstolo Paulo (Fp 1.15).



3- É preciso sondaras reações a que estamos sujeitos


De acordo com o Aurélio, reação é a resposta que você dá "a uma ação qualquer por meio de outra ação que tende a anular a precedente". O estudo de nossas reações revela o conteúdo de nossa espiritualidade. Veja a reação de Caim quando Deus não se agradou de sua oferta (Gn 4.5), a reação de Lameque quando um rapaz lhe pisou (Gn 4.23), a reação de Moisés quando viu a adoração do bezerro de ouro (Êx 32.11) e a reação do jovem rico quando Jesus ordenou que ele ven¬desse os seus bens em favor dos pobres (Mc 10.22).


4. É preciso sondara consciência


Nem sempre é seguro apoiar-se na consciência. Com o apoio dela você pode fazer bobagens e cometer erros graves. Lembre-se que a consciência pode ser boa (l Tm 1.5), limpa (l Tm 3.9) e pura (2 Tm 1.3), mas também fraca (1 Co 8.7), corrompida (Tt 1.15) e cauterizada (l Tm 4.2).


5. É preciso sondar o caráter


O seu modo tradicional de ser, de sentir e de agir inclui só boas qualidades? Não havia em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza e perfeição física quanto Absalão, mas esse filho de Davi tinha um péssimo caráter (2 Sm 14.25). Já Timóteo não parecia fisicamente muito saudável (1 Tm 5.23), mas possuía um caráter provado (Fp 2.22).


6. É preciso sondar a fé


Veja a exortação: "Examinai-vos a vós mesmos se real¬mente estais na fé" (2 Co 13.5). Pode dar-se o caso de você ter fé sem obras (Tg 2.14), pequena fé (Mt 6.30) ou fé nenhuma (Mt 13.58). Também pode acontecer o caso contrário, de você ter fé sem hipocrisia (1 Tm 1.5), grande fé (Mt 15.28) ou estar cheio de fé (At 6.5). Investigue a qualidade e o nível de sua fé.

 
7. É preciso sondar o amor


O amor a Deus e ao próximo é de suma importância. Dele dependem "toda a lei e os profetas" (Mt 22.40). Deus nos submete a testes para provar a sinceridade, o tamanho e a força de nosso amor. O amor não pode ficar só em palavras — o próprio Deus diz que ama e prova esse amor "pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Deixe que de vez em quando Jesus lhe faça a mes¬ma pergunta que dirigiu a Pedro: "Tu me amas?" (Jo 21.16.)



8. É preciso sondar o trabalho


Por vezes há mais palavras do que ação, há mais planeja¬mento do que execução, há mais promessas do que esforço, há mais relatórios do que atividade, há mais dispersão do que concentração, há mais foguetório do que amor, há mais ambição do que prestação de serviço. São riscos a que você está sujeito. Daí a validade da exortação: "Prove cada um o seu labor" (Gl 6.4). Essa sondagem deve ser levada muito a sério tendo em vista a seleção que Deus há de fazer de nos¬sas obras no dia de Cristo. O que for comparado à madeira, feno e palha há de ser destruído pelo fogo, e o que for com¬parado a ouro, prata e pedras preciosas há de ser preservado (1 Co 3.10-15).



9. É preciso sondar o comportamento diário


O que você pensou hoje, o que você viu e ouviu hoje e o que você fez hoje — foi tudo do agrado de Deus? A santificação progressiva depende desse cuidado, dessa ava¬liação, dessa sondagem. Sem ela não pode haver confissão de pecado e restauração. É a sondagem bem feita que nos transporta do caminho mau para o caminho eterno (Sl 139.24).


SONDAGEM DE CIMA



A Bíblia atribui o exercício da sondagem especialmente à atuação de Deus. É Ele quem esquadrinha (Si 139.1-6), quem sonda (Ap 2.23) e quem prova (Si 11.5). A sondagem de Deus é a mais séria, mais profunda, mais completa, mais justa e mais Confiável. Deus é o sondador por excelência: "Todas as igrejas conhecerão que Eu sou aquele que sonda mente e corações" (Ap 2,23). Ele provoca, incita, excita e leva a cabo a prática da introspecção. Deus é extremamente sábio, efici¬ente e. original no exercício desta misericórdia.


Às vezes, uma simples pergunta de Deus é suficiente para levar alguém a conhecer-se a si mesmo. Foi assim com Adão: "Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?" (Gn 3.11.) Foi assim com Caim: "Por que andas irado? E por que descaiu o teu sem¬blante?" E ainda: "Onde está Abel, teu irmão?" (Gn 4.6, 9.) Foi assim com Elias, quando o profeta estava profundamen¬te desanimado no interior de uma caverna no monte Horebe: "Que fazes aqui, Elias?" (1 Rs 19.9, 13.) Foi assim com Jonas: É razoável essa tua ira? (Jn 4.4.) Foi assim com o leproso agradecido: "Não eram dez os que foram curados? Onde es¬tão os nove?" (Lc 17.17.) Foi assim com Pedro: "Amas-me mais do que estes outros?" (Jo 21.15.)


Outras vezes, Deus produz o mesmo resultado por meio de uma ordem qualquer, aparentemente sem muito nexo. Foi assim com a mulher samaritana: "Vai, chama teu marido e vem cá". E deu certo, pois a mulher trouxe à baila a sua vida irregular: "Não tenho marido". (Jo 4.16-18.) Foi assim com o jovem rico: "Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos po¬bres, e terás um tesouro no céu; então vem, e segue-me", E deu certo, pois o moço deve ter enxergado a distância que ain¬da o separava da vida eterna, não obstante o seu compromisso moral com o Decálogo (Mc 10.17-22).




AUTO-SONDAGEM E SONDAGEM ALHEIA



O homem, porém, não está isento da auto-sondagem. Tem a obrigação de examinar-se a si mesmo (l Co 11.28), esqua¬drinhar os seus caminhos (Lm 3.40) e provar o seu labor. (Gl 6.4.) Para tanto, é necessário parar de mentir a si pró¬prio, acabar com as eternas desculpas, confessar tudo que sabe de errado, cultivar a capacidade de ouvir repreensões, preocupar-se primeiro com a trave que está em seu próprio olho e depois com o argueiro que está no olho de seu irmão (Mt 7.3), e dar-se ao trabalho de conhecer o seu íntimo.

Em alguns casos a sondagem se inicia e até mesmo se desenrola por meio da participação de um parente, amigo, irmão na fé ou guia religioso. Davi precisou do profeta Nata para tomar conhecimento de sua grave crise espiritual (2 Sm 12.1-15). Daí a validade da mútua exortação preconi¬zada na Epístola aos Hebreus: "Exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que ne¬nhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado" (3.13).

Precisamos temer o endurecimento progressivo. Ele provoca a perda da sensibilidade espiritual. É o caso do pastor da igreja em Laodicéia, que se dizia rico e abastado quando, na verdade, era "infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu". Essa personagem foi aconselhada a usar colírio para enxergar-se, antes que fosse definitivamente vomitado da boca de Deus (Ap 3.14-22).

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

FALANDO DE SEXUALIDADE EM FAMÍLIA

Nossa sociedade tem se tornado conhecida como uma sociedade saturada por sexo. Nunca antes se falou tão abertamente na mídia sobre este assunto. Revistas semanalmente enchem as bancas com discussões e debates – na maioria das vezes de forma extremamente superficial – sobre questões de sexualidade. O culto ao corpo e a liberdade de expressão da sexualidade são temas do cotidiano das telenovelas e filmes.
Todavia, com toda esta avalanche de informações – nem sempre sensatas – ainda trata-se de um assunto tabu dentro das famílias. Existe muito pouco diálogo entre pais e filhos e, quando este acontece, muitas vezes é cheio de códigos e meias-palavras, que mais transtornam a vida dos jovens que esclarecem. Sem contar que a essência do diálogo sobre tal tema deve orbitar em torno de VALORES, o que os pais nem sempre tem claros para si, deixando-se influenciar pelos enlatados da mídia.
Em face disto, quero propor 8 dicas para se falar sobre o tema no contexto familiar:
1) O diálogo deve se iniciar entre o casal.
Em nossa sociedade, fortemente afetada pelo machismo, a maioria dos homens deixa para a mãe o encargo da educação dos filhos – e isso inclui a educação sexual. Algumas vezes ele, o pai, é convocado para falar com o filho adolescente quando se suspeita que este já esteja tendo uma vida sexual ativa. Porém se o casal nunca conversa sobre seus valores a respeito da sexualidade, irão passar informações díspares para os filhos ou entrar facilmente em conflito quando a mãe impõe certo valor aos filhos e depois o pai os desqualifica. Daí a necessidade de um afinamento entre o casal sobre o que e como querem passar tais conceitos aos filhos.
2) A comunicação é mais que palavras.
Deve-se ter em mente que a sexualidade é vivida no cotidiano do lar e não algo separado do mesmo. O que quero dizer com isso é que a expressão da sexualidade deve se manifestar nos gestos de ternura e carinho entre os pais, com abraços, beijos e afagos carinhosos diante dos filhos. Caso contrário os filhos crescerão com a idéia que sexo e afeto são duas coisas independentes, pois não percebiam a expressão afetiva dos pais, mas ‘sabem’ que os mesmos mantém relações sexuais. Não se envergonhe de demonstrar diante dos filhos que você ama seu cônjuge, isso dará a eles diretrizes saudáveis sobre a expressão sexual adulta.
3) Aproveite as oportunidades.
Muitos me perguntam quando é o tempo certo de falar sobre sexualidade com os filhos e eu respondo: desde que nascem! Reportando-me ao conceito acima, os bebês já são capazes de observar e registrar a expressão afetiva dos pais. Mais tarde eles farão perguntas, as quais devem ser respondidas com naturalidade e dentro da capacidade de compreensão da criança (não num linguajar técnico de livros).
4) Dê respostas simples.
Se a criança não estiver satisfeita com a mesma ela pedirá nova explicação e aí você terá oportunidade de aprofundar o tema. Algumas vezes as crianças não perguntam verbalmente, mas com a expressão facial, ao observarem, por exemplo, uma cena de sexo na TV ou verem animais copulando. Nesse momento deve-se explicar à criança o que é aquilo, sempre numa linguagem acessível à mesma. Quando um filho faz uma pergunta, não se negue a responde-la, nem saia correndo para comprar a enciclopédia de educação sexual: apenas fale, de forma simples e compreensível à idade dela o que você acredita como valores sobre este tema.
5) Não trate o tema como algo vergonhoso, feio ou sujo.
Muitos pais escondem tanto dos filhos o tema da sexualidade que os filhos crescem com a idéia que é algo tão sujo e pecaminoso que falar no assunto já é por si errado. Não tenha medo de falar do que Deus não teve vergonha de criar.
6) Não crie neologismos para referir-se aos órgãos genitais.
Isso pode passar a idéia que falar sobre sexo é tão sujo que é necessário se inventar nomes diferentes dos cientificamente verdadeiros para se referir aos genitais. Cria-se uma quantidade inimaginável de neologismos que só confundem a criança e nada contribuem para uma educação real nesta área.
7) Firme-se nos seus valores.
Falar sobre sexualidade tem que imprescindivelmente abordar o tema de valores. Por isso que a educação sexual nas escolas é tão frágil, pois aborda apenas os aspectos de anatomia e fisiologia da sexualidade e reprodução. Questões de valores devem ser passadas de pais (veja a dica 1) para filho. O que é certo ou errado para seu filho não pode ser determinado pelo que a mídia diz, pelo que um livro fala a respeito, ou pelo que você ouviu em uma palestra, antes pelo que você tem firmado como valores de vida.
8) Firme seus valores em Deus.
A Palavra de Deus é rica em ensinamentos e sabedoria milenar para nos orientarem no desenvolvimento de uma vida saudável. Ela também tem textos abordando claramente a questão da sexualidade. Como casal e como família, entrem na deliciosa aventura de descobrir estes princípios para a vida saudável e comprovem que, ao coloca-los em prática, terão uma vida abundante e não cheia de frustrações e vazio como os que têm aqueles que seguem os padrões vazios da mídia. Este é um convite e um desafio para se ter um diálogo saudável sobre sexualidade.
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E A PEDRO

E A PEDRO

Leitura Bíblica: Mc 16:7
O Evangelho de Marcos registra que, após a ressurreição do Senhor, um anjo disse a algumas mulheres para contar aos discípulos do Senhor e a Pedro o que acontecera. Oh! "E a Pedro". Isso enche os nossos olhos de lágrimas. Por que ele não disse: "Dizei a Seus discípulos e a João?" (João era o amado do Senhor). Por que não disse: "Dizei a Seus discípulos e a Tomé?" (Tomé duvidou da ressurreição do Senhor). O anjo não mencionou os melhores discípulos ou os mais necessitados, mas especificamente Pedro. Por que isso? Havia algo em Pedro que era tão diferente dos demais?
Pedro cometera um grande pecado três dias antes desse evento — tão grande pecado que impede o Senhor de confessá-lo diante dos anjos de Deus (Lc 12:9). Pedro não confessou o Senhor diante dos homens, nem mesmo diante de uma humilde criada. Mas o Senhor queria que alguns fossem dizer a Seus discípulos e a Pedro sobre a Sua ressurreição. "E a Pedro" — quão profundo é o significado dessas palavras!
Se alguns irmãos e irmãs tivessem tais experiências como as de Pedro, pensariam: "Oh! Eu sou Pedro. Eu já caí. O que cometi não é um pecado comum. Receio que nunca mais poderei me aproximar do Senhor. Temo que o Senhor já me abandonou e, de agora em diante, toda vez que Ele tiver alguma tarefa importante nunca mais encarregará a mim de fazê-la. Nunca mais serei capaz de ter experiências especiais como aquela que tive com o Senhor no monte da transfiguração. Não mais poderei ser o companheiro do Senhor no jardim do Getsêmani. Quando confessei o desejo de morrer pelo Senhor, Ele disse: "Antes que duas vezes cante o galo, tu Me negarás três vezes". Naquele instante, pensei que o Senhor tivesse me entendido mal. Quando Ele foi preso, cortei a orelha de um homem com a espada, e pensei que podia amar o Senhor corajosamente. Quem teria imaginado que até mesmo eu pudesse tropeçar! Não tropecei perante um grande sumo sacerdote, alguém com grande autoridade; nem mesmo caí perante Pilatos que tinha muito poder. Mas caí justamente diante de uma pergunta feita por uma criada! Neguei o Senhor uma vez, em seguida, mais uma vez e finalmente até comecei a praguejar e a jurar negando o Senhor".
"Uma vez confessei que Ele era o Cristo e que Ele era o Filho de Deus. Eu Lhe disse: ‘Tu tens a vida eterna. A quem mais iremos nós?’ Entretanto, justamente quando vi o Senhor prestes a ser crucificado, caí. Cometi o maior pecado: negá-Lo. Embora eu tenha chorado e me arrependido, não sei como o Senhor se sentiu a meu respeito. Naquele dia, quando eu O neguei, teria sido melhor se Ele não o soubesse. No entanto, exatamente quando eu O neguei, Ele se virou e olhou para mim; isso indicava que Ele já o sabia! Que farei agora? Nunca mais me atreverei a ir até Ele. Embora Ele me ame, não ouso me aproximar Dele, pois há um pecado que nos separa. Provavelmente, nunca mais poderei me aproximar Dele".
"Mas o Senhor ressuscitou. Algumas mulheres trouxeram a mensagem e Ele clara e especificamente mencionou que dissessem-na a mim. Oh! mesmo tendo negado o Senhor por três vezes, Ele não me abandonou! Ele não me odiou nem ficou furioso comigo. O que o Seu coração deseja é a minha pessoa. Ele não mencionou ninguém mais em particular; somente a mim em especial, como se eu fosse o único em Sua lembrança. 'E a Pedro! E a Pedro!' — essa é na verdade a música mais aprazível no mundo, a mais maravilhosa e boa nova! Se o Senhor tivesse pedido às mulheres que dissessem apenas aos discípulos, teria pensado que alguém como eu não era digno de ser Seu discípulo, e teria deixado de sê-lo. Não teria ousadia de ir vê-Lo. Mas o Senhor disse: 'E a Pedro'. Isso mostrou-me que Ele ainda me queria. Apesar de não ter forças para ir vê-Lo, 'E a Pedro' encorajou-me a ir. A mensagem trazida pelas mulheres era verdadeira. O Senhor fez o anjo mencionar especificamente o meu nome. Ele não me havia abandonado. Ainda posso achegar-me a Ele. Levantar-me-ei e irei vê-Lo!"
Oh! este era um Pedro que caíra, um Pedro que pecara e um Pedro que negara o Senhor; no entanto, o Senhor ainda o men¬cionou especificamente. Este é o evangelho! Irmão, você sabia que uma vez que o Senhor o salvou, Ele o salvará até o fim? Ainda que você esteja desencorajado, o Senhor jamais estará desencorajado. Apesar de você pecar e se sentir desconcertado de voltar a Ele, do lado Dele, no entanto, não há qualquer razão para não voltar.
Por que você insiste em lembrar da sua falha, sendo que o Senhor já não se importa com ela? O Senhor tirará o véu da sua face hoje, então você não terá mais medo Dele, nem hesitará em se aproximar Dele.
É provável que Pedro ainda se lembrasse de que certa vez disse ao Senhor: "Ainda que todos venham a tropeçar por Tua causa, eu jamais tropeçarei" (Mt 26:33). Pode ser que também se lembrasse que, junto ao lago de Genesaré, quando vira a glória do Senhor, dissera: "retira-te de mim, Senhor, porque sou homem pecador" (Lc 5:8). Agora, porém, conheceu a sua condição e como ousaria ver o Senhor? Era possível que continuasse a se lembrar do pedido do Senhor: "Assim, não fostes capazes de vigiar Comigo nem por uma hora?". Em seus ouvidos possivelmente ainda permanecia o mandamento do Senhor: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Mt 26:40-41). De qualquer modo, a sua condição estava longe da exigência do Senhor. Como ele ousaria ver o Senhor hoje? Todavia, ele foi ver o Senhor. Por causa da palavra "e a Pedro" ele teve ousadia de ir vê-Lo. Irmão, se você conhecesse a intenção da palavra "e a Pedro", poderia ainda permanecer longe Dele e não se voltar a Ele? Se você conhecesse o significado profundo da palavra "e a Pedro", não haveria outra coisa a fazer, senão aproximar-se do Senhor.
Qual livro entre os quatro Evangelhos registrou o evento dessa forma? Somente o Evangelho de Marcos. Marcos era um jovem; ele seguiu a Pedro e aprendeu muito dele. Podemos dizer que o Evangelho de Marcos foi ditado por Pedro e escrito por Marcos. A sentença "dizei aos Seus discípulos e a Pedro", foi especialmente registrada por Pedro. Esta palavra pode não ser tão importante para outros, mas era extremamente importante no coração de Pedro. Quando o Espírito Santo escreveu a Bíblia, Ele especialmente mostrou-nos que as poucas palavras que pareciam ser insignificantes para Mateus, Lucas e João, eram inesquecíveis para Pedro, quem narrou o Evangelho de Marcos. "E a Pedro" tinha um significado especial para ele. Em todo tempo, a recordação dessas palavras era doce. A palavra da graça é especialmente memorável para aquele que a recebeu.
Irmãos e irmãs, quando nos lembramos do Senhor no partir do pão, há alguém cujo coração ainda está com medo de Deus? Ou há algum pecado que separa você de Deus? Já choramos amargamente, arrependemo-nos e confessamos aquilo que fizemos que não era digno do Senhor. Agora, ousamos dizer ao Senhor: "Senhor, eu me achego a Ti?" Apenas considere: Por amar você, Ele voluntariamente foi à cruz; agora Ele deixaria de amá-lo apenas porque você falhou, tropeçou e caiu? Teria o Seu amor, com que amou você na cruz, então diminuído? Hoje é fácil para você não amá-Lo, não se aproximar Dele nem voltar a Ele, mas é impossível para Ele não amar você, esquecê-lo ou abandoná-lo.
Três dias após a morte do Senhor, Pedro estava calado porque tropeçara, mas o Senhor não o esqueceu. Assim, se você não tiver forças para ir diante do Senhor, tenha apenas o desejo de crer em Sua palavra. Ele poderá dar-lhe forças para ir até Ele. Se você tropeçou, Ele poderá levantá-lo. Embora pareça que nunca mais poderá se aproximar do Senhor novamente, se você puder, na fé, se lembrar da palavra "e a Pedro", você será capaz de se aproximar Dele. Quando queremos nos aproximar do Senhor, ainda que pareça haver uma grande distância, e sintamos que não temos forças para ir até Ele, devemos nos lembrar da palavra "e a Pedro". Era de Pedro, que tropeçara, que o Senhor se lembrou mais. Apesar de Pedro não ousar vir até o Senhor, o coração do Senhor o atraiu, levando-o a não ousar esconder-se do Senhor. Não entendamos mal o coração do Senhor hoje. Você pode ouvir uma voz dizendo: "e a Pedro". Saiba que o Senhor não o abandonou. O Senhor não abandonou a Pedro, tampouco o Senhor abandonou você: "e a Pedro" também significa "e a você" - você que falhou como Pedro! Que todos nós vejamos o coração do Senhor para conosco. Se vir o coração do Senhor, você nada fará senão correr para Ele!

MOISES UM HOMEM PREPARADO POR DEUS

O potencial da liderança de Moisés teve origem na criatividade de sua família (Hb 11.23). Quando recusara aceitar o status de neto do Faraó, ele demonstrou firmeza e convicção (v.24). Ele escolheu ser maltratado e alienado, em vez de permanecer no conforto e na segurança do palácio. Moisés expressou sua segurança pessoal de um homem que reconhecera que Deus o tinha separado à parte para uma missão especial (vv. 25,26). Sem medo perante a ira do rei, nem imprudência, demonstrou fé nas promessas de Deus, as quais o mantiveram cativo a Deus e seus propósitos por quarenta anos no deserto. Deus testou a paciência de Moisés severamente, enquanto assistia sua vida mergulhando nas areias do deserto, aparentemente, sem nenhum alvo desafiador ou resultados marcantes que pudessem virar história. Quando Deus, finalmente, o chamara para abandonar o pastoreio das ovelhas do seu sogro, para assumir uma posição ímpar de pastor da nação de Israel e libertar o povo do cativeiro, Moisés tentou escapar dessa responsabilidade. Deus superou sua relutância natural, devido ao seu impedimento de falar, para que, por fim, ele comunicasse bravamente a vontade de Deus ao Faraó, ainda que naquele momento isso pudesse custar sua própria vida.
Moisés demonstrou incríveis qualidades de liderança durante os quarenta anos de jornada pelo deserto. A paciência, a preocupação pela glória de Deus e a perseverança são as qualidades que especialmente se sobressaem. Quase que com a mesma importância foram a sua coragem perante o perigo, a sua criatividade perante a rebeldia e a sua mansidão diante de tribulações. Todos esses elementos de liderança de alta qualidade são manifestos em Moisés. Sua fama, depois de milhares de anos, eleva-o ao nível de um dos mais extraordinários líderes de todos os tempos.
A atual análise de liderança mostra que as excelentes qualidades que Moisés apresentara são tão necessárias hoje quanto elas foram três mil anos atrás. Alguns líderes desenvolvem certos valores de âmbito pessoal. Por exemplo, James J. Cribbin enfatizou a seguinte lista de traços:
A. Desempenho Atual: É a habilidade de desempenhar bem as funções na posição atual que uma pessoa se encontra. Moisés recebeu o melhor treinamento e educação disponível no Egito. Como pastor das ovelhas de Jetro, ele foi completamente confiável.
B. Iniciativa: É a habilidade de ser um "auto-iniciador". Moisés tomou sua posição ao lado dos rejeitados escravos hebreus contra o mestre-de-¬obra egípcio que batia em um companheiro hebreu. Caso não tivesse a fibra de um líder, certamente, Moisés não poderia ter escolhido se identificar com os oprimidos e ter assassinado o opressor (Ex 2.12-13).
C. Aceitação: É a habilidade de ganhar respeito e vencer a confiança de outras pessoas. Moisés levantou a questão de aceitação pelos israelitas desde o começo. Ele sabia que quarenta anos passados no deserto do Sinai, tomando conta de ovelhas, não era a experiência que a maioria consideraria como algo essencial à liderança (Ex. 3.11). Deus usara de pragas e da função mediadora de Moisés, infligindo aqueles julgamentos milagrosos, para ganhar o respeito dos egípcios e também o dos israelitas.
D. Comunicação: É a habilidade de articular claramente o propósito e os alvos do grupo. Embora Moisés acreditasse que não tinha eloqüência, tendo sido afligido com uma "boca pesada” (Ex 4.10) durante o curso de sua vida, ele exibiu uma habilidade de comunicação incomum. A habilidade "de ter acesso" às pessoas em vários níveis precisa fazer parte das funções de um líder. Em várias ocasiões, Moisés teve que responder às murmurações e as incredulidades dos israelitas com argumentos válidos e decisões persuasivas. Mais importante ainda, ele foi especialmente perito em comunicar-se com Deus. Considere a exposição do autor da conclusão de DeUteronômio: "Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR houvesse tratado face a face" (Dt 34.10). Um homem de oração é a exigência básica para a liderança cristã.
E. Análise e discernimento: É a habilidade de alcançar conclusões idôneas baseadas na evidência. Moisés julgou corretamente a criação do bezerro de ouro, e a sua adoração, como repúdio a Deus. De alguma forma, Arão não demonstrou a habilidade para analisar o pedido da liderança israelita. Sua análise foi tristemente prejudicada pela falta de discernimento, de tal forma, que coincidiu com os desejos deles sem qualquer reação negativa (Ex 32.1-6). Como um líder deficiente, Arão trouxe destruição à nação. O resultado foi o caos espiritual, e milhares morreram como conseqüência.
F. Realização: É a quantidade e a qualidade de trabalho produzido através do uso efetivo do tempo. Mais uma vez Moisés se sobressai nessa categoria. Foi ele que, não somente liderou o povo para fora do Egito, mas também, deu a Lei, o tabernáculo e as cerimônias pelas quais Israel tinha que se aproximar de Deus e conhecer a sua vontade.
G. Flexibilidade: É a habilidade de adaptar-se a mudanças e de ajustar-¬se ao inesperado. De um príncipe honrado na corte do faraó, a um pastor insignificante no Sinai, até um porta-voz de Deus e líder de uma nação, Moisés demonstrou tremenda adaptabilidade. Sua humildade ímpar o fez verdadeiramente maleável nas curvas e travessas do caminho que Deus colocara perante ele.
H. Objetividade: É a habilidade para controlar sentimentos pessoais, uma mente aberta. A reação de Moisés, à sugestão de Deus que ele haveria de destruir Israel da face da terra e fazer de Moisés uma grande nação, demonstra como este era destituído de sentimentos pessoais e de ambições orgulhosas (Ex 32.11-13). Uma breve reflexão mostrará que cada uma dessas oito características foram refletidas na liderança de Moisés.
Um estudo supervisionado pelo Fuller School of World Mission em Pasadena, na Califórnia avaliou 900 líderes de igrejas do passado e do presente, na esperança de descobrir quais os comportamentos básicos que melhor podiam explicar sua eficiência. A primeira convicção desses líderes afirma que eles acreditam que a autoridade espiritual é um princípio básico do poder espiritual. Já que o impacto de uma vida flui do poder espiritual de um homem, é necessário esclarecer que aqueles que têm melhor servido a Deus são aqueles que têm vivido em relacionamento mais íntimo com ele. Moisés alimentou sua intimidade com Deus através da oração, da comunhão e da obediência.
Sabemos muito pouco sobre a mãe de Moisés para tecermos comentários sobre o seu impacto na vida do filho. Podemos ter. certeza, porém, que sua criatividade, livrando a vida de seu filho (Ex. 2.3,4), e a coragem que ela demonstrou aceitando a responsabilidade de criá-lo para a princesa egípcia, foram fatores primordiais na formação do caráter de Moisés. Será que podemos justificar a criação de um paralelo entre a mãe de Moisés e Susanna Wesley que teve um impacto no mundo através da influência que ela exerceu nos seus filhos, John e Charles Wesley, os fundadores do Metodismo do século XVIII, na Inglaterra?
Os segredos da criação dos filhos de Susanna foram resumidos da seguinte forma:
1. Ela ensinou autoridade, pela sua reverência.
2. Ela ensinou domínio, pela sua satisfação.
3. Ela ensinou sucesso, pela sua criatividade.
4. Ela ensinou sofrimento, pela sua tolerância.
5. Ela ensinou responsabilidade, pela sua regularidade.
6. Ela ensinou disciplina, pela sua bondade.
7. Ela ensinou liberdade, pela sua lealdade.
8. Ela ensinou planejamento, pela sua determinação.
9. Ela ensinou propósito, pela sua fé.
10. Ela ensinou liderança, pela sua iniciativa.
11. Ela ensinou vitória, pelo amor.
12. Ela ensinou domínio, pela sua segurança.
13. Ela ensinou liberdade, pela sua virtude.
14. Ela ensinou responsabilidade, pela sua firmeza.
15. Ela ensinou alegria, pela sua alegria.
É verdade que não podemos saber completamente como a mãe de Moisés demonstrou essas virtudes. Porém, podemos ter uma idéia de que as qualidades que o escolhido de Deus apresentara durante os quarenta anos de exaustivos desafios e tribulações, foram instiladas por um tipo de retaguarda que ele e os Wesleys receberam. Os primeiros sete anos de vida de uma criança são os mais cruciais na formação da sua personalidade.
Será que as mães estão instilando qualidades de caráter bíblico em suas crianças? Qual a influência que a televisão e os filmes têm em nossos jovens? Será que eles estão sendo moldados para o serviço de Deus, líderes que guiarão a Igreja e as organizações cristãs para o próximo milênio de forma bem-sucedida?

sábado, 22 de agosto de 2009

A FAMÍLIA EM TELA

A FAMÍLIA EM TELA


O apóstolo Paulo, o grande paladino e bandeirante do Cristianismo, inspirado pelo Espírito de Deus, fala-nos de forma eloqüente sobre a família em Colossenses 3:18-21. Ele coloca a família em tela e nos ensina grandes princípios:

1. A ESPOSA DEVE SER SUBMISSA AO MARIDO COMO CONVÉM NO SENHOR - V. 18 - A mulher não difere do homem em valor e dignidade. Porém, no casamento a mulher tem papel diferente do homem. Ela deve ser submissa ao seu marido. Submissão não é ser inferior, mas exercer uma missão sob a missão de outrem. Deus colocou o marido como cabeça da mulher. Cabe à mulher sujeitar-se ao seu marido com alegria, entendendo que este é o princípio da sua liberdade e felicidade. A Bíblia diz que a mulher deve ser submissa ao marido como a igreja o é a Cristo. A glória da igreja é ser submissa a Cristo. Quanto mais submissa a igreja é a Cristo mais livre ela é. A submissão da esposa ao marido é como convém no Senhor, ou seja, ela se submete ao marido porque é serva de Cristo, porque obedece a Cristo e vive para glorificar a Cristo. O papel da mulher não é competir com o marido nem dominá-lo. O projeto de Deus para ela é que ela se submeta a ele com espontaneidade e alegria.

2. O MARIDO DEVE AMAR A ESPOSA E NÃO TRATÁ-LA COM AMARGURA - V. 19 - Se a mulher é desafiada a imitar a igreja quanto à submissão, o marido é ordenado imitar a Cristo quanto ao amor. Nenhuma mulher terá dificuldade de submeter-se a um marido que a ama como Cristo amou a igreja. O amor do marido pela esposa deve ser perseverante, sacrificial, santificador e romântico. Ele deve cuidar da esposa e suprir suas necessidades físicas e emocionais. Cristo como o cabeça da igreja não a dominou com rigor despótico, mas a serviu e morreu por ela. O papel do marido é amar a sua esposa e quem ama declara que ama, tem tempo para a pessoa amada e procura agradá-la. O apóstolo Paulo alertou o marido também para o perigo de tratar a esposa com amargura. O marido deve ser sensível, carinhoso, atencioso e meigo com a esposa, tratando com dignidade e respeito. Ele deve elogiá-la, valorizá-la e demonstrar de forma prática o seu amor por ela.

3. OS FILHOS DEVEM OBEDECER AOS SEUS PAIS EM TUDO PORQUE ISTO É GRATO DIANTE DO SENHOR - V. 20 - Filhos bem-aventurados na vida são filhos obedientes aos pais. Este é um preceito bíblico. Os filhos precisam obedecer aos pais porque isto é justo, porque isto é uma ordenança divina e também porque a obediência é abençoadora. Filhos obedientes recebem a promessa de uma vida bem sucedida e longeva. Os filhos devem obedecer aos pais porque a autoridade deles foi conferida pelo próprio Deus. Resistir à autoridade dos pais é insurgir-se contra a própria autoridade de Deus. Os filhos devem obedecer a seus pais em tudo. Eles devem respeitar os pais e ouvir seus conselhos nas diversas áreas da vida. Os filhos devem cuidar dos pais e ser um refrigério para eles. Isso é grato diante do Senhor.

4. OS PAIS NÃO PODEM IRRITAR OS FILHOS NEM DESANIMÁ-LOS - V. 21 - Os pais irritam os filhos quando ensinam com palavras, mas não com exemplo; quando falam uma coisa e fazem outra; quando exigem dos filhos um comportamento exemplar, mas vivem de forma repreensível. Os pais irritam os filhos quando os tratam com rigor, com dureza, com palavras ásperas e apenas cobram, sem jamais encorajar e consolar. Os pais irritam os filhos quando não têm tempo para eles, quando priorizam os amigos e o trabalho em vez da família. O papel dos pais é criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor, servindo-lhes de exemplo. A função dos pais é andar e ensinar os filhos a Palavra de Deus, inculcando neles os preceitos do Senhor. Deixar de ouvir, de encorajar e de acompanhar os filhos, não apenas os irritam, mas também os deixam desanimados. É tempo de investirmos na família, nos relacionamentos, a fim de que nossos lares sejam o lugar mais gostoso de se viver na terra.

PERDÃO, A FAXINA DA ALMA

O perdão é a cura das memórias, a assepsia do coração, a faxina da alma. O perdão é uma necessidade vital e uma condição indispensável para termos uma vida em paz com Deus, com nós mesmos e com o próximo. Uma vez que somos falhos e pecadores, estamos sujeitos a erros. Por essa razão, temos motivos de queixas uns contra os outros. As pessoas nos decepcionam e nós decepcionamos as pessoas.

É impossível termos uma vida cristã saudável sem o exercício do perdão. Quem não perdoa não pode adorar a Deus nem mesmo trazer sua oferta ao altar. Quem não perdoa tem suas orações interrompidas e nem mesmo pode receber o perdão de Deus. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. Quem não perdoa é entregue aos verdugos da consciência. O perdão, portanto, não é uma opção para o crente, mas uma necessidade imperativa.

O perdão é uma questão de bom senso. Quando nutrimos mágoa no coração, tornamo-nos escravos do ressentimento. A amargura alastra em nós suas raízes e produz dois frutos malditos: a perturbação e a contaminação. Uma pessoa magoada vive perturbada e ainda contamina as pessoas à sua volta. Quando guardamos algum ranço no coração e nutrimos mágoa por alguém, acabamos convivendo com essa pessoa de forma ininterrupta. Se vamos descansar, essa pessoa torna-se o nosso pesadelo. Se vamos nos assentar para tomar uma refeição, essa pessoa tira o nosso apetite. Se nosso propósito é sair de férias com a família, essa pessoa pega carona conosco e estraga as nossas férias. Por essa razão, perdoar não é apenas uma questão imperativa, mas, também, uma atitude de bom senso. O perdão alivia a bagagem, tira o fardo das costas e terapeutiza a alma.

Mas, o que é perdão? Perdão é alforriar o ofensor. Perdoar é não cobrar nem revidar a ofensa recebida. O perdão não exige justiça; exerce misericórdia. O perdão não faz registro das mágoas. Perdoar é lembrar sem sentir dor.

Até quando devemos perdoar? A Bíblia nos diz que devemos perdoar assim como Deus em Cristo nos perdoou. Devemos perdoar de forma ilimitada e incondicional. Devemos perdoar não apenas até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Por que devemos perdoar? Porque fomos perdoados por Deus. Os perdoados precisam ser perdoadores. No céu só entra aqueles que foram perdoados; e se não perdoarmos, não poderemos ser perdoados. Logo, todo crente em Cristo precisa praticar o perdão.

Quem deve tomar iniciativa no ato do perdão? Jesus disse que se nos lembrarmos que nosso irmão tem alguma coisa contra nós, devemos ir a ele. Não importa se somos o ofensor ou o ofendido. Sempre devemos tomar a iniciativa, e isso com humildade e espírito de mansidão. Precisamos entender que o tempo nem o silêncio são evidências de perdão. É preciso o confronto em amor. Há muitas pessoas doentes emocionalmente porque não liberam perdão. Há muitas pessoas fracas espiritualmente porque não têm a humildade de pedir e conceder perdão. Precisamos quebrar esses grilhões, a fim de vivermos a plenitude da liberdade cristã.

O perdão é a manifestação da graça de Deus em nós. Se nos afastarmos de Deus, nosso coração torna-se insensível. Porém, se nos aproximarmos de Deus, ele mesmo nos move e nos capacita a perdoar assim como ele em Cristo nos perdoou.


Rev. Hernandes Dias Lopes

NAO SOU UM ACIDENTE

V
Eu sou seu criador. Você estava sob meus cuidados mesmo antes de nascer.

Isaías 44.2; cev

Deus não joga dados.
Albert Einstein
Você não é um acidente.

Seu nascimento não foi um erro ou um infortúnio, e sua vida não é um acaso da natureza. Seus pais podem não tê-lo planejado, mas Deus certamente o fez. Ele não ficou nem um pouco surpreso com seu nascimento. Aliás, ele o aguardava.

Muito antes de ser concebido por seus pais, você foi concebido na mente de Deus. Ele pensou em você primeiro. Você não está respirando neste exato momento por acaso, sorte, destino ou coin­cidência. Você está vivo porque Deus quis criá-lo! A Bíblia diz: O Senhor cumprirá o seu propósito para comigo!1

Deus determinou cada pequeno detalhe de nosso corpo. Ele deliberadamente escolheu sua raça, a cor de sua pele, seu cabelo e todas as outras características. Ele fez seu corpo sob medida, exa­tamente do jeito que queria. Ele também determinou os talentos naturais que você possuiria e a singularidade de sua personalida­de. A Bíblia diz: Tu me conheces por dentro e por fora, conheces cada osso do meu corpo; conheces exatamente como fui formado, parte por parte, como fui esculpido e vim a existir.2

Uma vez que Deus o fez por um motivo, ele também decidiu o momento de seu nascimento e seu tempo de vida. Ele planejou os dias de sua vida antecipadamente, escolhendo o momento exato de seu nascimento e de sua morte. A Bíblia diz: Antes mesmo de o meu corpo tomar forma humana Tu já havias planejado todos os dias da minha vida; cada um deles estava registrado no teu livro!3

Deus também programou onde você nasceria e onde viveria para o propósito dele. Sua raça e nacionalidade não são um mero acaso; Deus não deixou nenhum detalhe ao acaso. Ele planejou isso tudo para o propósito dele. A Bíblia diz: De um só fez ele todos os povos [...] tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar.4 Nada em sua vida é casu­al - tudo foi feito em função de um propósito.

E o mais incrível: Deus decidiu como você nasceria. Independen­temente das circunstâncias de seu nascimento e de quem são seu pais, Deus tinha um plano ao criá-lo. Não importa se seus pais foram bons, ruins ou indiferentes. Deus sabia que esses dois indivíduos possuíam a cons­tituição genética específica para criar você em especial, exatamente como ele tinha em mente. Eles tinham o dna que Deus queria para formá-lo.

Embora existam pais ilegítimos, não existem filhos ilegítimos. Muitos filhos não foram planejados pelos pais, mas não são um imprevisto para Deus.

O propósito de Deus levou em conta o erro humano e até mesmo o pecado.

Deus nunca faz nada por acaso, e ele nunca comete erros. Ele tem um motivo para tudo que criou. Todas as plantas e animais foram planejados por Deus, e cada pessoa foi idealizada com um propósito. O motivo para Deus tê-lo criado foi o amor que ele tem. A Bíblia diz: Muito antes de estabelecer as fundações da terra, Deus já nos tinha em mente, tendo nos escolhido como foco de seu amor5

Deus já pensava em você antes de formar o mundo. Na verdade, você foi o motivo de Deus ter criado o mundo! Deus projetou o meio ambiente deste planeta para que pudéssemos viver nele. Nós somos o foco de seu amor e o elemento de maior valor em toda a sua criação. A Bíblia diz: Por sua decisão ele nos gerou pela pala­vra da verdade, a fim de sermos como que os primeiros frutos de tudo o que ele criou.6 Eis quanto Deus o ama e valoriza!

Deus não age de forma aleatória; ele planejou tudo de forma extremamente precisa. Quanto mais os físicos, biólogos e outros cientistas aprendem sobre o universo, mais compreendemos quan­to ele é adequado à nossa existência - feito sob medida com as exatas especificações que tornam a vida humana possível.

O Dr. Michael Denton, experiente pesquisador da genética humana da Universidade de Otago, Nova Zelândia, concluiu: "Todas as evi­dências disponíveis nas ciências biológicas, apóiam a teoria básica [...] de que o universo como um todo foi especialmente criado tendo a vida e a humanidade como principal objetivo e propósito; um conjunto no qual todas as facetas da realidade têm seu significado e expli­cação nesse fato fundamental".7 A Bíblia disse a mesma coisa milha­res de anos atrás: Ele é Deus; que moldou a terra e a fez, ele fundou-a; não a criou para estar vazia, mas a formou para ser habitada.8

Por que Deus fez tudo isso? Por que enfrentou todo o incômodo de criar um universo para nós? Porque ele é um Deus de amor. Esse tipo de amor é difícil de compreender, mas é essencial­mente confiável. Você foi criado para ser um alvo espe­cial do amor de Deus! Deus o fez para poder amá-lo. Essa é uma verdade sobre a qual você precisa edificar sua vida.

A Bíblia nos diz que Deus é amor.9 Ela não diz que Deus tem amor. Ele é amor! Amor é a essência do caráter de Deus. Há um perfeito amor na irmandade da Trindade, então Deus não precisou criá-lo. Ele não estava só. Mas quis fazê-lo para expressar o seu amor. Deus diz: Vocês, a quem tenho sustentado desde que foram concebi­dos, e que tenho carregado desde o seu nascimento. Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e os levarei; eu os sustentarei e os salvarei.10

Se não houvesse um Deus, seríamos todos "acidentes", o resulta­do de um fato extraordinariamente aleatório no universo. Você po­deria parar de ler este livro, pois a vida não teria nenhum propósito, significado ou importância. Não haveria certo e errado, bem como nenhuma esperança além de seus breves anos aqui na terra.

Mas há um Deus que o fez por uma razão, e sua vida tem um profundo significado! Descobrimos esse significado e propósito so­mente quando tomamos a Deus como ponto de referência de nossa vida. Romanos 12.3, na paráfrase The message [A mensagem], diz: A única forma precisa de compreendermos a nós mesmos é pelo que Deus é e pelo que ele faz por nós.
Este poema de Russell Kelfer resume isso:

Você é quem é por uma razão.

Você faz parte de um plano complexo.

Você é uma criação original, preciosa e perfeita,

denominada como notável homem ou mulher de Deus.

Você tem essa aparência por uma razão.

Nosso Deus não cometeu nenhum erro.

Ele o teceu no útero,

você é exatamente o que ele quis fazer.

Os pais que você teve foram escolhidos por ele,

e, a despeito de seus sentimentos,

eles foram feitos sob medida

para os planos que Deus tem em mente,

e estão aprovados pelo Senhor.

Não, aquele trauma que você enfrentou não foi fácil.

E Deus chorou por aquilo o ter machucado tanto;

mas foi permitido para moldar seu coração

para que você crescesse à sua imagem.

Você é quem é por uma razão.

Você vem sendo moldado pela vara do Senhor.

Você é quem é, amado,

porque há um Deus!11

Segundo Dia

Pensando sobre meu propósito

Um versículo para memorizar: Eu sou seu criador. Você estava sob os meus cuidados mesmo antes de nascer (Isaías 44.2; cev).

Uma pergunta para meditar: Tendo a consciência de que Deus me criou de forma exclusiva, que áreas da minha personalidade, formação e aparência física te­nho tido dificuldade em aceitar?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

BEIJO E A SEXUALIDADE DO CASAL

Por: Psic. Valéria Diniz

O beijo é o termômetro do desejo. Sinal poderoso antes, durante e depois da relação sexual. Saber usar esse sinal é um fator decisivo para uma relacionamento de qualidade.

O beijo nos coloca novamente em contato com as primeiras sensações de prazer e gratificação sentidas no ato de sugar. Desde muito cedo, a boca é a primeira fonte de prazer. Com 16 semanas de vida, além de fazer caretas, levantar as sobrancelhas e coçar a cabeça, as papilas gustativas já estão desenvolvidas.

A experiência tem demonstrado que o feto faz careta e para de engolir quando uma gota de substância amarga é colocada no líquido amniótico. Por outro lado, uma substância doce provoca a aceleração dos movimentos de sucção e deglutição. Aliás, o prazer do paladar continua na fase em que o bebê se amamenta através do mamilo da sua mãe. Daí para frente, o paladar fica cada vez mais apurado.

É através da boca que o bebê estabelece seu primeiro contato com outro ser humano e a partir daí, começa a conhecer o mundo, labendo e levando a boca todo e qualquer objeto.

Conhecendo as texturas, áspero, liso. Os gostos, salgado, doce, amargo, ácido. A temperatura, morno, gelado, quente. Beijar é ter a permissão de entrar no território alheio, descobrindo aromas, sabor e temperatura até então desconhecidas.

No ato de beijar estamos tão próximos que a percepção do cheiro fica mais aguçada. E a razão pela qual beijar alguém é uma experiência - quase em todos os casos - prazerosa, é a quantidade de terminações nervosas localizadas naquele pequeno espaço formado entre a boca e as narinas.

É por isso que cada beijo é uma grande fonte de prazer tanto para quem o dá quanto para quem o recebe. Porém não bastam só os terminais nervosos para que um beijo seja bom. É muito importante o modo como os receptores são estimulados, e esse jeitinho muito particular que cada um tem de beijar é o que faz com que cada pessoa beije de modo diferente.

Do beijo “selinho” , aquele dado só com a pontinha dos lábios, rapidinho ao “caliente “ beijo de cinema, dado com intensidade .

Ricardo Cavalcanti, no livro “Flores e chocolate” afirma: ”O beijo desperta não só uma enorme quantidade de produção de endorfinas, mas ele também é um excelente elemento para fisioterapia das lesões da face. Durante um beijo são mobilizados 29 músculos, sendo 7 linguais. Os batimentos cardíacos aumentam de 70 para 150, melhorando a oxigenação do sangue, o que mostra que o beijo tem também indicação cardiológica. Mas ele também tem alguns pequenos inconvenientes. No beijo há uma considerável troca de substâncias, 9 miligramas de água, 0,7 decigramas de albumina, 0,8 miligramas de matérias gordurosas, 0,5 miligramas de sais minerais, sem falar em outras 18 substâncias orgânicas, cerca de 250 bactérias, e uma grande quantidade de vírus. Não se assustem com esses números, o beijo é ótimo. Sem esquecer que o beijo estimula a liberação de hormônios que causam bem-estar".

Detalhe: na troca de saliva, a boca é invadida por cerca de 250 bactérias, 18 de substâncias orgânicas. As terminações nervosas reagem ao estímulo erótico e promovem uma reação em cadeia. Ao mesmo tempo, as células olfativas do nariz – mais próximas da boca – permitem tocar, cheirar e degustar o outro.

Além disso, o beijo é calórico. Acredita-se que um beijo caprichado consuma cerca de 12 calorias. A melhor maneira de dar um beijo é transmitir a emoção que se está sentindo. Uma vez que quando se tem um prazer ou emoção grande, esta contagia o outro. E para isso, o principal é conhecer-se e reconhecer-se no outro.

Mas, no momento de preparo para uma relação sexual, nenhum parceiro vai lembrar das indicações fisiológicas do beijo - assim espero - o que vai importar é o afeto, o cuidado, a importância, a calma, a interpretação dos sinais. E são sinais a serem aprendidos como um novo idioma.

E como na arte do afeto somos sempre aprendizes, estamos ensinado e aprendendo.Como e onde gosto de beijar. Como e onde o outro gosta de ser beijado. Essas interpretações, esses sinais que não são ditos, mas transmitidos,esses muitos significados indicam por quais caminhos devo ir descobrindo , tocando , amando.

Menosprezar esse gesto tão importante é cair na mesmice, na repetição. Porque essa linguagem também muda, com o tempo, o momento, a fase da vida e a história de cada um.

Sugiro aqui uma brincadeirinha: Que todo casal “brinque” de ser namorado, de enamorar-se, de beijar com a curiosidade de conhecer o que tem lá no outro. De aprender ou reaprender os sinais de quem beija. De ser eternos descobridores da linguagem contida num beijo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A familía Cristã, a Escola e a Educação dos filhos

familia Desde as sociedades tribais pré-históricas, a família exerce um papel fundamental na educação dos filhos. A ausência do Estado, das classes, do comércio e da escrita, dispensava a existência de escolas. As crianças aprendiam com os adultos, em especial a família, questões que envolviam os valores espirituais e morais, assim como atividades práticas para a sua sobrevivência (trabalhos manuais, caça, pesca etc.).

Esse modelo de educação “informal” se estendeu por longos anos em sociedades nômades, seminômades e sedentárias, até o advento das grandes cidades, da escrita, das transformações técnicas, da produção excedente, da comercialização e dos inovadores pensamentos sobre política e democracia.

Numa perspectiva bíblica judaico-cristã, observamos este tipo de educação nos seguintes textos:

“Porque eu o tenho escolhido, a fim de que ele ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para praticarem retidão e justiça; a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que a respeito dele tem falado.” (Gn 18.19)

“E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou.” (Êx 12.26-27)

“E naquele mesmo dia farás saber a teu filho, dizendo: Isto é pelo que o Senhor me tem feito, quando eu saí do Egito. E te será por sinal sobre tua mão e por lembrança entre teus olhos, para que a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto com mão forte o Senhor te tirou do Egito.” (Êx 13.8-9)

“E quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que é isto? Dir-lhe-ás: O Senhor nos tirou com mão forte do Egito, da casa da servidão.” (Êx 13.14)

“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” (Dt 6.6-9)

“Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos e juízos que o Senhor nosso Deus vos ordenou? Então dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó no Egito; porém o Senhor, com mão forte, nos tirou do Egito;” (Dt 6.20-21)

“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos. E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; E escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas; Para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra.” (Dt 11.18-21)

“E falou aos filhos de Israel, dizendo: Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? Fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão. Porque o Senhor vosso Deus fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor vosso Deus fez ao Mar Vermelho que fez secar perante nós, até que passássemos.” (Js 4.21-23)

Percebe-se nestes textos do Antigo Testamento, a participação e a importância da família na preservação dos valores espirituais e morais do povo judeu.

A figura dos agentes especialmente destinados para a tarefa de ensinar surge com a instituição do sacerdócio;

“E falou o Senhor a Arão, dizendo: Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações; E para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, E para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado por meio de Moisés.” (Lv 10.8-11)

“Então o rei da Assíria mandou dizer: Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá para que vá e habite ali, e lhes ensine a lei do deus da terra.” (2 Rs 17.27)

“No terceiro ano do seu reinado enviou ele os seus príncipes, Bene-Hail, Obadias, Zacarias, Netanel e Micaías, para ensinarem nas cidades de Judá; e com eles os levitas Semaías, Netanias, Zebadias, Asael, Semiramote, Jônatas, Adonias, Tobias e Tobadonias e, com estes levitas, os sacerdotes Elisama e Jeorão. E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do Senhor; foram por todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo.” (2 Cr 17.7-9)

“E disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados ao Senhor: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; não tereis mais esta carga aos ombros; agora servi ao Senhor vosso Deus, e ao seu povo Israel.” (2 Cr 35.3)

Posteriormente, os profetas assumem também essa tarefa;

“Então enviou Saul mensageiros para prenderem a Davi; quando eles viram a congregação de profetas profetizando, e Samuel a presidi-los, o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram.” (1 Sm 19.20)

“E foram cinqüenta homens dentre os filhos (discípulos) dos profetas, e pararam defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao Jordão.” (2 Rs 2.7)

“Os filhos dos profetas disseram a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face é estreito demais para nós.” (2 Rs 6.1)

Durante e após o período do cativeiro na Babilônia, surge a figura do escriba, uma classe de mestres especializados, que copiavam, interpretavam e ensinavam a Lei;

“este Esdras subiu de Babilônia. E ele era escriba hábil na lei de Moisés, que o Senhor Deus de Israel tinha dado; e segundo a mão de Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira. [...] Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças.” (Ed 7.6, 10)

Apesar do surgimento destes “educadores especializados”, a participação da família na educação dos filhos não foi abandonada. No livro de provérbios, escrito entre 950-700 a.C., encontramos as seguintes exortações;

“Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes o entendimento. Pois eu vos dou boa doutrina; não abandoneis o meu ensino. Quando eu era filho aos pés de meu, pai, tenro e único em estima diante de minha mãe, ele me ensinava, e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive.” (Pv 4.1-4)

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pv 22.6)

Como já citamos, com o advento das grandes cidades, da escrita, das transformações técnicas, da produção excedente, da comercialização, dos inovadores pensamentos sobre política e democracia, a educação e a escola ganharam um novo formato. É no período da Grécia clássica que acontece algumas das grandes revoluções pedagógica. A pólis, no intuito de formar os seus cidadãos, criam escolas especializadas para atender as suas demandas. No geral, a criança permanece em casa, com a família, até os sete anos. Após esse período, o Estado assume a sua educação (preparo físico, educação musical, formação cívica e militar, leitura e escrita, gramática, retórica etc.).

Podemos observar, que apesar destas mudanças significativas, de onde surgem as nossas escolas modernas e as teorias pedagógicas, a Bíblia nos relata que a participação da família, em especial na formação dos valores espirituais e morais de seus filhos, ainda permanece;

“trazendo à memória a fé não fingida que há em ti, a qual habitou primeiro em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice e estou certo de que também habita em ti.” (2 Tm 1.5)

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” (2 Tm 3.14-15)

Como anda nos dias atuais a relação entre a escola, com os seus agentes especializados na arte de educar, e a família cristã? Qual o papel da escola e da família na educação e formação integral de seus filhos? A falta de repostas e confusões feitas sobre essas questões acabam por promover sérios problemas e distúrbios em nossa sociedade.

Há um verdadeiro jogo de “empurra”, onde família e escola tentam transferir as responsabilidades da educação. Trocas de acusações tornam-se cada vez mais comuns. A escola culpa a família pelo desinteresse, insubmissão e não-aprendizado do aluno, e a família culpa a escola por tais problemas.

A escola afirma que é lugar apenas da aquisição de saberes diversos, transferindo a responsabilidade da disciplina, formação ética e moral dos alunos para a família. O pior, é que a família cristã, além de não estar envolvida no acompanhamento da aquisição destes saberes oferecidos pela escola, está também negligenciando a sua importância na formação dos valores espirituais, éticos e morais de seus filhos, querendo transferir para a escola (e para a igreja) tais papéis.

Família e escola não podem estar se digladiando, antes, precisam cooperar entre si no processo educativo e formador de cidadãos. Para que isso aconteça, uma integração maior precisa acontecer. A escola precisa assumir o seu papel de cooperadora na formação moral (o papel de formadora espiritual foi infelizmente abolido nesta sociedade pós-cristã e pós-moderna) e conhecer mais a vida familiar de seus alunos, enquanto a família precisa participar mais ativamente e efetivamente na vida escolar de seus filhos, sendo atores coadjuvantes dos professores no processo de aquisição de saberes.

Nenhuma outra instituição social é mais influente na formação do caráter, na educação, na disseminação de valores éticos, morais e espirituais do que a família.

De que maneira a família cristã pode cumprir na atualidade, o seu importante e fundamental papel na educação integral de seus filhos amados?

1. Mantendo, aplicando e ensinando os princípios e orientações bíblicas quanto aos valores éticos, morais e espirituais judaico-cristão;

2. Cooperando com a escola através das seguintes ações, prescritas na Cartilha “ACOMPANHEM A VIDA ESCOLAR DOS SEUS FILHOS”:

-Matriculando seus filhos na educação infantil. Quanto mais cedo eles começarem a estudar, mais sucesso terão em sua vida escolar;
-Incentivando seus filhos a continuar estudando. Mostrando que, quanto mais eles estudarem, terão mais oportunidades profissionais e pessoais;
-Orientando seus filhos a cuidarem do material escolar( livros, cadernos, lápis, etc) e uniforme.
-Visitando a escola de seus filhos sempre que puderem;
-Conversando com os professores;
-Conversando com os seus filhos sobre a escola, os professores, os amigos, as tarefas, os conteúdos;
-Incentivando o hábito de leitura;
-Ensinando-os a dividirem bem o tempo para o lazer e o estudo.

Juntas, a família cristã e a escola serão instrumentos poderosíssimos para a influência e transformação de vidas, nessa caótica e transtornada sociedade pós-cristã e pós moderna.

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (Art. 205 da Constituição Federal/1988).



fonte: Altair Germano

terça-feira, 18 de agosto de 2009

CASAMENTO NAO É UM CEU MAIS QUASE

Casamento
O Senhor Deus disse: “Não é bom
para o homem estar só. Far-lhe-ei
uma adjutora que lhe
corresponda”. (A Bíblia, Gênesis
2:18).
Sozinho não
Deus logo percebeu.
Não sei quando
Ele viu,
Mas assim que viu
Um ser humano, percebeu.
Não é bom as pessoas viverem sós.
Essa regra tem exceção.
Mas eu não sou uma delas.
Viver só deixa este peregrino louco.
Alguém para cuidar,
Com quem compartilhar,
Alguém para suportar,
A sua carga.
Não quero enfrentar
Lutas e pesares,
Sem você orar
Comigo
Por eles.
Juntos somos mais
Do que separados,
Então estou feliz
Que Ele nos uniu.
— Autor Anônimo
O cristão deveria amar o seu próximo, e já que a esposa é
o próximo mais próximo, por ela deveria-se ter um
amor mais profundo. — Martinho Lutero (1483-1546)
Segundo nos conta a história, há centenas de anos, Martinho
e Catarina Lutero foram muito felizes em seu casamento, ape-
sar de terem enfrentado problemas comuns à maioria dos ca-
samentos atuais.
Uma ocasião, durante uma viagem, Lutero enviou à sua es-
posa a seguinte carta: “Para a santa preocupada, Catarina Lutero,
doutora de Zulsdorf [a casa na fazenda que ela herdou] e
Wittenberg, minha bela e querida esposa. Nós lhe agradece-
mos de coração por se preocupar tanto conosco que não con-
segue dormir, pois desde que começou a se preocupar, come-
çou um incêndio perto da minha porta. E ontem, com certeza
devido à sua preocupação, se não fosse pela intervenção dos
anjos, uma enorme pedra teria caído em cima de mim e me
estraçalhado. Estou preocupado achando que se você não pa-
rar de se preocupar, talvez a terra se abra e sejamos engolidos
num terremoto. Ore. Deixe Deus Se preocupar”.
Apesar das divergências de opinião, Martinho Lutero valori-
zava grandemente sua família. Antes de se casar, ele às vezes
referia-se ao casamento como uma necessidade da carne. De-
pois, passou a considerá-lo uma oportunidade para edificação
do espírito. Muitas vezes citava o ditado: “Esposa, que o seu
marido se alegre ao chegar à casa, e marido, que a sua esposa
fique triste ao vê-lo partir”.
Não é o Céu, mas é quase
Reflexões sobre casamento
Unam seus corações com
um nó cego. — William
Shakespeare
O sucesso no casamento não
depende tanto de encontrar
a pessoa certa, mas sim de
ser a pessoa certa. — Robert
Browning (1812-1889)
Você consegue suportar os
seus próprios defeitos,
então por que não os da sua
esposa? — Benjamin
Franklin
Casamento é uma aventura,
não uma realização. — David
A. Seamands
Leva anos para dois corações
se fundirem, até os que mais
se amam. Uma união feliz é
aquela onde o processo de se
apaixonar é contínuo. —
Theodore Parker
Apesar dos casamentos serem
feitos no Céu, nós temos que
fazer a manutenção. — James
C. Dobson
Para se ter um bom casamento, e
preciso decidir que vai se ficar casado.
‘R96 GP
REFLEXÕES
Amor
Amor dá o melhor que
pode
Sem descansar.
Sua maior alegria
É a alegria dar.
Não para nunca,
Até se dar
Ao máximo.
Por isso o amor supremo
é como o Céu.
—John Oxenham
Quanto mais você ama, mais amor recebe para
dar. — Lucian Price
Quando um casal é bem-sucedido no
amor, todas as suas atividades são
energizadas e vitoriosas. Eles caminham
melhor, melhoram a digestão, pensam
melhor, diminuem as preocupações, o mundo
é novo e interessante, e conseguem fazer mais
do que sonharam.
— Walter Lippmann
Quantas vezes?
Quantas vezes te amo, querida?
Diga-me quantos pensamentos
Contém a atmosfera,
Num novo ano com seus momentos,
De luz e sombras por toda a esfera,
Num raio da eternidade;
Tanto assim eu te amo, querida.
Quantas vezes te amo novamente?
Diga-me quantas contas pode conter
Numa corrente de prata
Da chuva ao entardecer,
Caindo da imensidão languidamente,
Revestindo a estrela distante,
Tantas vezes assim eu te amo novamente.
—Thomas Lovell Beddoes
Se Tu não edificares, Pai,
A casa é edificada em vão;
Se Tu não abençoares, Salvador,
A alegria vira dor;
Mas ninguém destrói um casamento
De corações unidos em Ti,
E o amor que o Teu Espírito envolve
É o início de um amor eterno.
—John Ellerton (1826–1893)
Amor verdadeiro e sincero é o que
procuram os que se apaixonam. Muitas
vezes revela ser apenas uma explosão
de emoção que desvanece face às realidades
do dia-a-dia. Deus pode dar amor verdadeiro.
Pode dar sentimentos profundos de amor, e à
medida que o tempo passa, pode transformá-
los num sentimento ainda maior, mais
permanente e estável que consegue suportar
dificuldades e obstáculos. Queridos,
empenhem-se por ter esse tipo de amor, pois
o amor que vem de Deus sobrevive a qualquer
coisa! Se você quer estar sempre apaixonado,
experimente Jesus! Ele é amor, e permanece
para sempre.
—David Brandt Berg
Não existe surpresa maior do que a surpresa de ser amado. É a mão de Deus no ombro de uma
pessoa. — Margaret Kennedy
Para sempre apaixonados Para sempre apaixonados Para sempre apaixonados Para sempre apaixonados Para sempre apaixonadosR97 GP
REFLEXÕES
Casamento. Apreço.
Palavras para pessoas amadas
Eu me orgulho de você.
Incrível.
Sabia que você ia conseguir.
Você é muito especial para mim.
Confio em você.
Você é um tesouro.
Viva você!
Ótimo trabalho.
Muito bem!
Você faz tanto por mim; obrigado(a).
Você é um amor.
Você é muito compreensivo(a).
Te amo.
Você é um ótimo exemplo do amor de Deus.
Obrigado(a) por ser tão amoroso(a).
Você se lembrou!
Você é o melhor.
Tiro o chapéu pra você.
Eu te admiro muitíssimo.
Você ilumina a minha vida.
Estou orando por você.
Você é maravilhoso(a).
Você é uma resposta à oração!
Não sei onde eu estaria sem você.
Te dou a maior força.
Adoro ver a sua fé em Deus.
Obrigado(a) por ter fé em mim.
O seu amor é maravilhoso.
Estou super feliz na sua companhia.
Te admiro.
De você não abro mão.
Você é demais!
O que realmente conta
Carlos estava indo para o trabalho uma manhã quando bateu num outro carro. Ambos pararam e
a motorista do outro carro desceu para ver o estrago. Ela estava desconsolada, pois era culpada e seu
carro era novo.— Ela o tirara da concessionária dois dias antes. Estava morrendo de medo de ter que
enfrentar o marido. Carlos foi solidário, mas precisava fazer a ocorrência.
Ela abriu o porta-luvas para tirar os documentos. O primeiro papel que saiu era um bilhete com a
letra do seu marido. “Em caso de acidente, querida, lembre-se que eu amo você, não o carro”.
— Adaptado de Paul Harvey
O elogio amoroso
Quase todos nós sentimos grande necessidade de apreço, de receber o
maior elogio do mundo, que é ouvir que somos amados. Precisamos
receber o reconhecimento por nossos pontos fortes ou às vezes só para
nos inspirar em certos aspectos onde somos mais fracos. Elogios sinceros
são simples e não nos custam nada, mas não devemos menosprezar o
seu valor.
O elogio mais amoroso que já ouvi foi feito por Joseph Choate, ex-
embaixador na Inglaterra. Quando lhe perguntaram quem ele gostaria de
ser se pudesse voltar à Terra depois de sua morte, ele disse sem hesitar:
“O segundo marido da Sra. Choate”.
—Leo Buscaglia
O famoso evangelista, Billy
Sunday certa vez deu o se-
guinte conselho: “Experimen-
te elogiar a sua esposa, mes-
mo que no início ela estranhe” .
Muitos casamentos
perdem o brilho
simplesmente por-
que o marido e a
esposa param de
incluir romance no
quotidiano, ou de
expressar o seu
amor com palavras.

Conta-se a história
do casal idoso sen-
tado na varanda ob-
servando um lindo
pôr-do-sol. Ambos
estavam comovidos
com a cena, mas
nenhum deles
disse nada. O ma-
rido pensou de-
pois: “Eu poderia
muito bem ter
dito para Margari-
da quanto a amo!” . É
uma pena que às
vezes perdemos as
oportunidades de
encorajar as pesso-
as que nos são mais
queridas.
❖R98 GP
REFLEXÕES
Casamento.
ara se ter amor genuíno e duradouro, é preci-
so estar fundamentado em algo além de prazeres
carnais. Tem que ser o desejo altruísta de proteger,
ajudar e de fazer a outra pessoa feliz.
omo minha mãe costumava dizer: não se case
com a garota com quem consegue viver, mas sim
com aquela sem a qual você não consegue viver!
relacionamento conjugal deveria ser o mais
eqüitativo possível, compartilhando tudo. Vocês
deveriam conversar, orar juntos, se amarem, dis-
cutirem e depois decidirem e concordarem.
mais importante num casamento é que am-
bos os cônjuges tenham fé em Deus e em Jesus
Cristo. Se você tem fé, tudo é possível!
o casamento você morre para si, mas encon-
tra uma nova vida.
ão se esqueça de agradecer a ela, ou a ele.
Gratidão é essencial na vida conjugal. Demonstrem
apreço!
embre-se sempre de dizer “te amo”! Diga
sempre palavras de amor. As palavras às vezes fa-
zem mais por uma mulher do que qualquer outra
coisa, principalmente se você as profere com amor,
ternura, sinceridade e de coração.
uas das melhores qualidades para um bom
casamento: sinceridade e senso de humor!
e quiser aprender a ser altruísta, humilde e a
compartilhar, simplesmente se case!
udo o que é verdadeiro; tudo o que é honesto;
tudo o que é puro e o que é justo, tudo o que é amá-
vel; tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude,
se algum louvor, nisso pensai! (Filipenses 4:8). Isso
se aplica ao seu cônjuge também! Tente sempre se
lembrar das virtudes dele(a) — as coisas boas — e
não pensar nas coisas ruins.
coisa mais prejudicial num casamento é
perder a fé no seu cônjuge, e acima de tudo, fé em
Deus.
iga “te amo” cem vezes por dia!
o ramo de construção, dizem que dois ho-
mens podem fazer três vezes mais trabalho do que
um só. O princípio de Deus é que dois podem fa-
zer dez vezes mais: “Um pode correr com mil, mas
dois colocam dez mil em fuga”! (Deuteronômio
32:30)
asamento é muito mais do que sexo, amiza-
de ou sociedade! É o relacionamento mais íntimo,
humilde, amoroso e sacrificado entre duas pes-
soas. “Ninguém tem maior amor do que este: dar
alguém a sua vida pelos seus amigos”. (1 João
15:13) Amor mesmo, de verdade, é o marido estar
disposto a se sacrificar pela esposa, e a esposa dar
a vida pelo marido. Isso é amor sobrenatural, di-
vino, bem acima do amor humano.
oje em dia casamento é muito difícil. Existem
tentações mil — não só de trair o esposo(a), mas
de ser egoísta, independente, de insistir nos seus
direitos. Tudo isso provém do interesse das pes-
soas de se autopromoverem e de irem contra o
plano do Senhor de que a maneira de ser feliz é se
sacrificando.
Morrer para si mesmo e colocar a si mesmo e
às suas necessidades em segundo plano, pensar
primeiro no seu cônjuge, esse é o segredo para
um casamento feliz. Se deixar a sua antiga vida
solitária para trás, encontrará uma nova vida.
Abandonará velhos hábitos e preferências em tro-
ca das cosias novas, por amor a essa pessoa ma-
ravilhosa que incluiu na sua vida. Agindo com esse
amor, encontrará uma imensa felicidade, porque
Jesus abençoa o altruísmo. Ele abençoa se você se
sacrificar e se submeter a outrem, procurando o
bem-estar do outro. Se colocar o amor em primei-
ro lugar, o Senhor o abençoará com felicidade. É
assim que funciona com Deus.
Sucesso no casamento
Citações de David Brandt Berg

JESUS

"Um adolescente chamado Jesus"

Texto: Lucas 2:42-52.

Introdução: A adolescência deve ser encarada normalmente, como as outras fases da vida: infância, juventude, adulta e velhice. Em todas estas etapas, enfrentamos mudanças com as quais devemos nos adaptar. Devemos entendê-la como um processo normal do indivíduo, em direção à maturidade.

A peculiaridade desta faixa etária é que todas as transformações (físicas, emocionais, psicossociais, intelectuais e espirituais), acontecem ao mesmo tempo e rapidamente.

Com Jesus não foi diferente, Ele também teve a sua adolescência e juventude. A bíblia nos informa apenas um episódio da adolescência de Jesus, episódio este que vamos analisar detalhadamente.

O tema em questão, ?um adolescente chamado Jesus?, não é nada pejorativo, o desejo é fazer uma abordagem acerca da adolescência de Jesus, no intuito de instruir os jovens adolescentes de hoje.

1. Jesus, um adolescente que frequentava os cultos.

A prática de ir ao culto já era comum para Jesus, o versículo (22) diz que Jesus foi ao Templo pela primeira vez quando ainda tinha dias, já no versículo (40) diz que Ele crescia debaixo da sabedoria e graça de Deus. Antes de completar doze anos o filho só podia freqüentar os cultos na sinagoga, e era hábito dos pais levarem os filhos a sinagoga. Quando completou doze anos Jesus foi ao templo.

- A vida de vitória de Jesus, sem dúvida, deve-se ao fato de ele ser criado na sinagoga. O adolescente deve ter suas atividades seculares, como estudar, jogar bola, passear com os colegas, porém sua agenda deve ter como prioridade o culto ao Senhor. Vejam o versículo (46), quando Jesus desapareceu por três dias, o local onde o encontraram foi no templo.

2. Jesus, um adolescente que gostava de conversar(v.46).

É muito comum encontrarmos pessoas dizerem que o adolescente na época da puberdade sem emudece. Não é preciso ser assim. Pode um adolescente se integralizar com outros da mesma idade, porém é de sua importância que o mesmo venha se interessar em dialogar com os mais velhos. Vejamos como pode ocorrer isso:

- Jesus sabia ouvir: Muitos adolescentes não sabem ouvir os mais velhos, desprezam a sabedoria vivida por esses homens. O adolescente não pode esquecer que eles já passaram por esta idade, por sua vez, já tiveram filhos adolescentes, vivenciaram duas vezes a realidade que você (adolescente), está vivendo.

- Jesus sabia perguntar:

Tem um ditado que diz assim ?quem tem boca vai a Roma?. Jesus, não estava perdido, embora seus pais pensavam que Ele havia se perdido. A melhor forma de começar um diálogo é perguntando, interrogando, não se limite tire suas dúvidas cruéis, pergunte aos pais, tios, avós, aos presbíteros, pastores, em fim pergunte, não engula qualquer coisa, não viva introvertido, solte suas dúvidas, faça como Jesus. Talves você está pensando se Jesus era como você, não tenha dúvida que sim. Ele era homem, tinha suas necessidades fisiológicas, desejos diversos, brincava quando criança.Jesus, diferente de Samuel não foi criado dentro do templo, pelo contrário foi criado com seus pais, com os colegas de Nazaré, Ele era um adolescente como você, o que Ele talves é diferente de muitos adolescente hoje é que Ele sabia ?ouvir e perguntar?.

3. Jesus, um adolescente envolvido com as coisas de Deus. (v.49a).

Quando sua mãe e seu pai o encontraram manifestaram a preocupação; ?que é isso que fizeste conosco?. Jesus dá a resposta mais profunda que se possa ouvir da boca de um adolescente, ?me convém cuidar das coisas do Pai celestial?. Queridos adolescentes a vida é bela porque foi dada por Deus, e Ele deseja que a vivamos felizes. O que ocorre, é que o mundo vem mudando cada dia, e estas mudanças são para pior. Você vê todos os dias na mídia, o mundo fervilhando, como um grande caldeirão em erupção, e alguém gritando ?Salve-se quem puder!!? para o adolescente do século 21, a salvação é se envolver nas coisa do Pai.Paulo ao escrever aos crentes de Colosso disse assim: ?Pensai das coisas que são de cima (alto), e não nas coisas que são da terra?. (Cl. 3:2). Como pode um adolescente se envolver:
- Participar da escola bíblica: A diferença da escola dominical para a escola secular, é que nela você tem instrução para toda a eternidade, enquanto na secular só te prepara para esta vida, profissionalmente e socialmente. Jesus disse ?fazei esta sem omitir aquela? (Mt. 23:23c).

- Se envolver na evangelização: Um garotinho que se converteu ainda na adolescência, tornou-se um grande ganhador de almas ?Charles Haddon Spurgeon? aos 15 anos, ocorreu seu verdadeiro encontro com Jesus.
- Se possível não perder nem um culto: algumas igrejas realizam poucos cultos. Numa semana, às vezes são apenas 2 ou 3 dias de cultos, porque perde-los.

- Eu diria ainda mais uma coisa, faça tudo o que você tem direito na adolescência, se não faça aquilo que vai te roubar das coisas do Pai, que vai demove-lo dos prazeres celestiais.

4. Jesus, um adolescente que sabe obedecer aos pais:

Em último lugar, o versículo (51) ?... desceu com eles... era-lhe sujeito?. Devemos acabar com aqueles jargões, ?adolescentes são terríveis?, ou ?aborrecentes?. Querido adolescente, Jesus foi um adolescente como você, teve todas as mudanças em seu corpo, pois Ele era humano, porém o que marcou a adolescência de Jesus, foi a sua submissão aos pais. Estamos vivendo uma época em que a rebeldia tem se intensificado. Quais os tipos de rebeldia mais comum:

- Adolescentes respondões: é humilhante para os pais que tanto fez por você, vê-lo agredir com palavras. Você pode pergunta, interrogar, fazer algo que até agrade a Deus, mas não responda para seus pais.

- Adolescentes desobedientes: quantas vezes os pais dizem não, e mesmo assim você faz. O horário de chegar em casa e desobedecido, o tipo de roupa, ou o tipo de usos e costumes mundanos são ignorados, quando os pais dizem não ser bom para você. O salmista diz assim: ?Bem aventurado o homem que não anda..., nem se detém no caminho dos pecadores?. (Sl. 1:1).No original caminho significa estilo de vida. Qualquer moda que os pecadores passam a usar, logo as moças e moços querem imitar. Pedro diz: ?não imites o que é mau...?. (3 João 11). São os que usam piercing, tatuagens, roupas extravagantes provocando sensualismo etc.

5. Conclusão:

Deus escolheu você querido adolescente, não tenha dúvida disso. A questão é se você está disposto a pagar o preço. O maior preço sempre será o Amor. Leia esta ilustração:
Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha de papel com algo escrito.
Depois que ela secou as mãos e tirou o avental, ela leu:

* Cortar a grama do jardim: R$3,00
* Por limpar meu quarto esta semana R$1,00
* Por ir ao supermercado em seu lugar R$2,00
* Por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia às compras R$2,00
* Por tirar o lixo toda semana R$1,00
* Por ter um boletim com boas notas R$5,00
* Por limpar e varrer o quintal R$2,00
* Totalda dívida R$16,00
A mãe olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa.
Finalmente, ela pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu:

* Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida - Nada
* Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti - Nada
* Pelos problemas e pelos prantos que me causastes - Nada
* Pelo medo e pelas preocupações que me esperam - Nada
* Por comidas, roupas e brinquedos - Nada
* Por limpar-te o nariz - Nada
* Custo total de meu amor - Nada

Quando o menino terminou de ler o que sua mãe havia escrito tinha os olhos cheios de lágrimas.
Olhou nos olhos da mãe e disse:
"Eu te amo, mamãe!!!"
Logo após, pegou um lápis e escreveu com uma letra enorme:
"Totalmente pago"

Assim somos nós adultos, como crianças, querendo recompensa por boas ações que fazemos.
É difícil entender que a melhor recompensa é o Amor que vem de Deus.
E para sorte nossa é Grátis.
Basta querermos recebê-lo em nossas vidas.
Deus te abençoe.