Nossa sociedade tem se tornado conhecida como uma sociedade saturada por sexo. Nunca antes se falou tão abertamente na mídia sobre este assunto. Revistas semanalmente enchem as bancas com discussões e debates – na maioria das vezes de forma extremamente superficial – sobre questões de sexualidade. O culto ao corpo e a liberdade de expressão da sexualidade são temas do cotidiano das telenovelas e filmes.
Todavia, com toda esta avalanche de informações – nem sempre sensatas – ainda trata-se de um assunto tabu dentro das famílias. Existe muito pouco diálogo entre pais e filhos e, quando este acontece, muitas vezes é cheio de códigos e meias-palavras, que mais transtornam a vida dos jovens que esclarecem. Sem contar que a essência do diálogo sobre tal tema deve orbitar em torno de VALORES, o que os pais nem sempre tem claros para si, deixando-se influenciar pelos enlatados da mídia.
Em face disto, quero propor 8 dicas para se falar sobre o tema no contexto familiar:
1) O diálogo deve se iniciar entre o casal.
Em nossa sociedade, fortemente afetada pelo machismo, a maioria dos homens deixa para a mãe o encargo da educação dos filhos – e isso inclui a educação sexual. Algumas vezes ele, o pai, é convocado para falar com o filho adolescente quando se suspeita que este já esteja tendo uma vida sexual ativa. Porém se o casal nunca conversa sobre seus valores a respeito da sexualidade, irão passar informações díspares para os filhos ou entrar facilmente em conflito quando a mãe impõe certo valor aos filhos e depois o pai os desqualifica. Daí a necessidade de um afinamento entre o casal sobre o que e como querem passar tais conceitos aos filhos.
2) A comunicação é mais que palavras.
Deve-se ter em mente que a sexualidade é vivida no cotidiano do lar e não algo separado do mesmo. O que quero dizer com isso é que a expressão da sexualidade deve se manifestar nos gestos de ternura e carinho entre os pais, com abraços, beijos e afagos carinhosos diante dos filhos. Caso contrário os filhos crescerão com a idéia que sexo e afeto são duas coisas independentes, pois não percebiam a expressão afetiva dos pais, mas ‘sabem’ que os mesmos mantém relações sexuais. Não se envergonhe de demonstrar diante dos filhos que você ama seu cônjuge, isso dará a eles diretrizes saudáveis sobre a expressão sexual adulta.
3) Aproveite as oportunidades.
Muitos me perguntam quando é o tempo certo de falar sobre sexualidade com os filhos e eu respondo: desde que nascem! Reportando-me ao conceito acima, os bebês já são capazes de observar e registrar a expressão afetiva dos pais. Mais tarde eles farão perguntas, as quais devem ser respondidas com naturalidade e dentro da capacidade de compreensão da criança (não num linguajar técnico de livros).
4) Dê respostas simples.
Se a criança não estiver satisfeita com a mesma ela pedirá nova explicação e aí você terá oportunidade de aprofundar o tema. Algumas vezes as crianças não perguntam verbalmente, mas com a expressão facial, ao observarem, por exemplo, uma cena de sexo na TV ou verem animais copulando. Nesse momento deve-se explicar à criança o que é aquilo, sempre numa linguagem acessível à mesma. Quando um filho faz uma pergunta, não se negue a responde-la, nem saia correndo para comprar a enciclopédia de educação sexual: apenas fale, de forma simples e compreensível à idade dela o que você acredita como valores sobre este tema.
5) Não trate o tema como algo vergonhoso, feio ou sujo.
Muitos pais escondem tanto dos filhos o tema da sexualidade que os filhos crescem com a idéia que é algo tão sujo e pecaminoso que falar no assunto já é por si errado. Não tenha medo de falar do que Deus não teve vergonha de criar.
6) Não crie neologismos para referir-se aos órgãos genitais.
Isso pode passar a idéia que falar sobre sexo é tão sujo que é necessário se inventar nomes diferentes dos cientificamente verdadeiros para se referir aos genitais. Cria-se uma quantidade inimaginável de neologismos que só confundem a criança e nada contribuem para uma educação real nesta área.
7) Firme-se nos seus valores.
Falar sobre sexualidade tem que imprescindivelmente abordar o tema de valores. Por isso que a educação sexual nas escolas é tão frágil, pois aborda apenas os aspectos de anatomia e fisiologia da sexualidade e reprodução. Questões de valores devem ser passadas de pais (veja a dica 1) para filho. O que é certo ou errado para seu filho não pode ser determinado pelo que a mídia diz, pelo que um livro fala a respeito, ou pelo que você ouviu em uma palestra, antes pelo que você tem firmado como valores de vida.
8) Firme seus valores em Deus.
A Palavra de Deus é rica em ensinamentos e sabedoria milenar para nos orientarem no desenvolvimento de uma vida saudável. Ela também tem textos abordando claramente a questão da sexualidade. Como casal e como família, entrem na deliciosa aventura de descobrir estes princípios para a vida saudável e comprovem que, ao coloca-los em prática, terão uma vida abundante e não cheia de frustrações e vazio como os que têm aqueles que seguem os padrões vazios da mídia. Este é um convite e um desafio para se ter um diálogo saudável sobre sexualidade.
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