sexta-feira, 18 de setembro de 2009
O DESTINO DOS JUSTOS
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1. Natureza do céu.
Os justos são destinados à vida eterna na presença de Deus. Deus criou o homem para ser ele conhecido pelo homem, amado e servido por ele no presente mundo, como também gozar eternamente de sua presença no mundo vindouro.
O cristão durante a sua vida terrestre experimenta pela fé a presença do Deus invisível, mas na vida vindoura essa experiência da fé tornar-se-á um fato consumado. Ele verá a Deus face a face, terá a experiência que alguns teólogos chamam a "Visão Beatifica".
O céu descreve-se por vários títulos:
1) Paraíso (literalmente, jardim), lembrando-nos a felicidade e o contentamento dos nossos primeiros pais ao participarem de comunhão e conversação com o Senhor Deus. (Apo. 2:7; 2Cor. 12:4)
2) "Casa de meu Pai", com suas muitas mansões (João 14:2) expondo o conforto, descanso e comunhão do lar.
3) O país celestial, a caminho do qual estamos viajando, como Israel naquele tempo se destinava a Canaã, a Terra da Promissão. (Heb. 11:13-16.)
4) Uma cidade, sugerindo a idéia duma sociedade organizada. (Heb. 11:10; Apo. 21:2.) Devemos distinguir as seguintes três fases na condição dos cristãos que partiram desta vida: primeira, existe um estado intermediário de descanso enquanto aguardam a ressurreição; segunda, depois da ressurreição segue-se o juízo sobre as obras (2Cor. 5:10; 1Cor. 3:10-15); terceira, ao fim do Milênio descerá do céu a Nova Jerusalém, o lar final dos remidos (Apoc. 21). A Nova Jerusalém descerá do céu, faz parte do céu, e, portanto, é o céu no pleno sentido da palavra. Sempre que Deus se revela pela sua presença pessoal e glória celeste, ai é céu, e dessa maneira podemos descrever a Nova Jerusalém. (Apo. 22:3,4.) Por que desce essa cidade do céu? O propósito final de Deus é trazer o céu à terra. (Vide Deut. 11:21.) Ele tornará "a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra" (Efés. 1:10); então Deus será "tudo em todos" (1Cor. 15:28).
Embora a Nova Jerusalém não chegue até a terra, ela será visível aos moradores terrestres, pois "as nações andarão à sua luz" (Apo. 21:24).
2. Necessidade do céu.
O estudo das religiões revela o fato de que a alma humana instintivamente crê que existe céu. Esse instinto foi implantado no coração do homem pelo próprio Deus, o Criador dos instintos humanos. Os argumentos que provam a existência da vida futura não são formulados principalmente para que os homens acreditem nessa vida, mas porque os homens já acreditam, e desejam trazer a inteligência sujeita às mais profundas instituições do coração.
Também o céu é essencial às exigências da justiça. Os sofrimentos dos justos sobre a terra e a prosperidade dos ímpios exigem um estado futuro no qual se faça plena justiça. A Bíblia ensina que tal lugar existe. Platão, o mais sábio dos gregos, opinou que a vida futura era uma probabilidade, e aconselhou os homens a colherem as melhores opiniões a respeito, e a embarcar nelas como que numa balsa, e navegar perigosamente os mares da vida, "a não ser que com mais segurança pudesse achar um navio melhor, ou uma palavra divina". Essa palavra divina que os sábios desejaram são as Escrituras Sagradas, nas quais se ensina a existência da vida futura, não como opinião ou teoria, mas como fato absoluto.
3. As bênçãos do céu.
(a) Luz e beleza. (Apo. 21:23; 2:5.) A melhor linguagem humana é inadequada para descrever as gloriosas realidades da vida futura. Nos caps. 21 e 22 do Apocalipse o Espírito emprega linguagem que nos ajuda a compreender algo das belezas do outro mundo. A toupeira que vive no buraco na terra não pode compreender como é a vida da águia que se eleva acima das altas montanhas. Vamos imaginar um mineiro que nascesse em uma mina 500 metros abaixo da superfície e que ai passasse todos os seus dias, sem nunca ter visto a superfície da terra. Como seria difícil tentar descrever-lhe as delicias visuais de verdes árvores, campos floridos, rios, pomares, picos de montanhas, e o céu estrelado. Ele nada disso apreciaria, pois seus olhos não viram, seus ouvidos não ouviram e não entrou em seu coração o conhecimento dessas coisas.
(b) Plenitude de conhecimento, (1Cor. 13:12.) O sentimento expresso pelo sábio Sócrates ao dizer: "Uma coisa sei, é que nada sei", tem sido repetido pelos sábios daquele tempo. O homem está rodeado dos mistérios e anseia pela sabedoria. No céu esse anseio será satisfeito absolutamente; os mistérios do universo serão desvendados; problemas teológicos difíceis desvanecerão. Então gozaremos de melhor qualidade de conhecimento, o conhecimento de Deus.
(c) Descanso. (Apo. 14:13; 21:4.) Pode-se formar certa concepção do céu contrastando-o com as desvantagens da vida presente. Pense em tudo que neste mundo provoca: fadiga, dor, luta e tristeza, e considere que no céu essas coisas não nos perturbarão.
(d) Servir. Existem pessoas acostumadas a uma vida muito ativa que não se interessam pelo céu, pensando que o céu seja lugar de inatividade, onde seres etéreos passem o tempo tocando harpa. Essa, porém, não é uma concepção exata. É verdade que os redimidos tocarão harpas, pois o céu é lugar de música. "Haverá trabalho a fazer também. "... Estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo." "(Apo. 7:15); "... e os seus servos o servirão"... (Apo. 22:3). Aquele que colocou o homem no primeiro paraíso, com instruções sobre como cuidar dele, certamente não deixará o homem sem ter o que fazer no segundo paraíso.
(e) Gozo. (Apo. 21:4.) O maior prazer experimentado neste mundo, mesmo que ampliado um milhão de vezes, ainda não expressaria o gozo que espera os filhos de Deus nesse reino. Se um poderoso rei, possuidor de ilimitadas riquezas, quisesse construir um palácio para sua noiva, esse palácio seria tudo quanto a arte e os recursos pudessem prover. Deus ama seus filhos infinitamente mais que qualquer ser humano. Possuindo recursos inexauríveis, ele pode fazer um lar cuja beleza ultrapasse tudo quanto a arte e imaginação humanas poderiam conceber. "Vou preparar-vos lugar."
(f) Estabilidade. O gozo do céu será eterno. De fato, a permanência é uma das necessidades para que a felicidade seja perfeita. Por muito gloriosas que sejam a beleza e a felicidade celestiais, saber que essas coisas acabariam já é suficiente para que o gozo perca sua perfeição. Lembrar-se de que inevitavelmente tudo findará , seria um empecilho ao gozo perfeito. Todos desejam o estado permanente: saúde permanente, paz permanente e prosperidade permanente. A instabilidade e insegurança são temidas por todos. Mas a felicidade no céu é justamente a divina promessa de que o seu gozo nunca há de terminar nem diminuir de intensidade.
(g) Gozos Sociais. (Heb. 12:22, 23; 1Tess. 4:13-18) Por natureza, o homem é um ser social. O homem solitário é anormal. Se na vida presente os gozos sociais proporcionam tanta felicidade, como não será muito mais gloriosa a amável comunhão social no céu. Nas relações humanas, mesmo as pessoas mais chegadas a nós têm suas faltas e características que destroem a sua personalidade. No céu os amigos e parentes não terão faltas. Os gozos sociais nesta vida fazem-se acompanhar de desapontamento. Muitas vezes os próprios familiares nos causam grandes tristezas; as amizades acabam e o amor desvanece. Mas no céu não haverá os mal-entendidos e nenhuma rixa; tudo será bom e belo, sem sombra e sem defeito, cheio de sabedoria celestial e resplandecente com a glória de Deus.
(h) Comunhão com Cristo. (João 14:3; 2Cor. 5:8; Fil. 1:23.) "Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso" (1Ped. 1:8). Naquele dia seremos como ele é; os nossos corpos serão como o seu glorioso corpo; nós o veremos face a face; aquele que pastoreou o seu povo no vale das lágrimas, no céu conduzirá esse povo de gozo em gozo, de glória em glória, e de revelação em revelação.
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