sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A VIDA TRATA A GENTE COMO A GENTE TRATA A VIDA


pcmso_consulta_medica Hoje, quero lhe contar uma história sobre a qual, espero que você  retire dela, algo de bom para a sua vida e a vida de sua família.
Um homem de negócios muito bem sucedido, dono de um império empresarial, consultou seu médico, queixando-se de estresse, insônia, inquietude e uma série de outros sintomas da mesma natureza.
Para sua surpresa, a receita do doutor não foi a prescrição de um ansiolítico, de um sonífero ou de um antidepressivo: Sugeriu-lhe o profissional, que passasse uma tarde em um cemitério.
Quis questionar tal indicação e mandar o médico às favas, pois, se estava ali se consultando, é porque sabia que tempo era dinheiro; e ele tinha muito trabalho a fazer, ao invés de desperdiçar uma tarde inteira, ainda mais num lugar tão desagradável como um cemitério.
Mas, o médico era renomado e parecia saber o que estava fazendo.
Assim, no outro dia, lá estava ele, sem saber bem o porquê, passeando entre as árvores de um cemitério. Percebeu que tudo ali era silêncio, quebrado apenas pelo canto de um ou outro passarinho, nos galhos das árvores do lugar.
Começou a caminhar entre os túmulos.
Aos poucos, sua atenção foi despertada pelos detalhes que começoucemitrio a notar. Viu túmulos humildes e mal pintados; viu outros luxuosos, talhados em mármore fino e polido.
Viu ainda outros que pareciam pequenas catedrais, que tentavam, inutilmente, perenizar uma lembrança de alguém que se fora, há muito tempo atrás.
Começou a observar as inscrições, os epitáfios gravados nas pedras; ficou especialmente curioso pelas datas de nascimento e morte das pessoas.
Deu-se conta, olhando as fotos dos mortos  que ali jaziam enterrados,  que havia pessoas de todas as idades, de todas as cores, de todas as raças e de todos os níveis sociais.
Não pôde deixar de refletir sobre a efemeridade da vida e, ao sair dali, já pela noitinha, sentiu que algo que não sabia identificar ao certo o que era, havia mudado dentro dele.
cortez01 Retornou ao médico, estranhamente mudado.
Não foi sem constrangimento que lhe relatou que, embora não soubesse explicar a razão, seus sintomas haviam desaparecido: não se sentia mais estressado, estava dormindo bem e até sentia "uma certa paz", que há muito, havia esquecido como era.
Por fim, confessou ao doutor que, depois de vinte anos sem tirar férias, deixara o paletó e a gravata de executivo e, na última semana, e fizera uma pescaria com a esposa e os filhos, alegre e revigorante para a família inteira.
O médico sorriu-lhe, satisfeito: "Vejo que a minha receita fez-lhe muito bem, pois você precisava confrontar-se com a morte, para voltar a valorizar sua vida! Pode ter certeza de que, a partir de agora, muitas outras pescarias, viagens e alegrias irão ser uma constante em sua vida". E apertou-lhe a mão, visivelmente feliz.
Pois bem, muita gente gasta seus dias para tão somente juntar dinheiro e,  quando menos esperam, a vida passou, a velhice chegou e já não há mais tempo para mais nada.
Percebem que vazias viveram e vazias partirão para a grande viagem eterna.
Igualmente, muita gente se engana, pensando que os grandes tesouros e as grandes fortunas deste mundo estão depositados nos Bancos Centrais, nas jazidas de petróleo ou nas carteiras de ações das Bolsas de Valores do mundo inteiro.
Não percebem que as as maiores riquezas da humanidade estão simplesmente...enterradas nos cemitérios.
Ali estão sepultados não apenas ex-magnatas que foram os "donos" de todo o dinheiro que, prodigamente, juntaram, durante suas existências terrenas.
Estão sepultados também tesouros de sabedoria humana, sonhos maravilhosos, idéias que valiam milhões, fama, poder, glamour, respeitabilidade da mais alta magnitude.
Tudo transformado em cinzas.
Que tal refletir sobre isso e, se necessário, repensar suas prioridades?
E se for preciso, mudar enquanto é tempo, pois, de fato, "a vida trata a gente como a gente trata a vida"?
"Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios"(Sal. 90.12).

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